tag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post7742848367607621173..comments2024-01-28T23:06:23.468-03:00Comments on Carlos Orsi: Cotejando as cotascarlos orsihttp://www.blogger.com/profile/08991876880142494023noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-82453895130888882912012-04-28T18:16:49.907-03:002012-04-28T18:16:49.907-03:00Algum argumento, caro anônimo?Algum argumento, caro anônimo?Microempresárionoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-13626957197589526622012-04-28T10:00:39.450-03:002012-04-28T10:00:39.450-03:00Correção: substituir "inimputabilidade" ...Correção: substituir "inimputabilidade" no lugar de "inimutação" (que parece até outra coisa, rs).Ricardo Françahttps://www.blogger.com/profile/15447764230269470673noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-4524889885122239422012-04-28T09:43:47.200-03:002012-04-28T09:43:47.200-03:00Microempresário e macroracista.Microempresário e macroracista.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-30382113846931354882012-04-28T08:41:53.503-03:002012-04-28T08:41:53.503-03:00Caros Orsi e comentaristas. Penso que aplicar o pr...Caros Orsi e comentaristas. Penso que aplicar o princípio de cotas sem uma ponderação baseada em mérito, por mínima que seja, na verdade tem o poder de causar três males simultaneamente (sem garantias de resolver a questão para a qual se destina):<br /><br />-- Retirar de forma a oportunidade dalguns dos mais esforçados, que vêm de condições difíceis mas não se enquadrem nos critérios (o que é muito mais desestimulante e ser uma perda real de qualidade na sociedade por um bloqueio potencialmente definitivo de um seus membros mais capazes);<br /><br />-- Abaixar o nível geral (e diminiur a geração de bons profissionais formados) dos cursos superiores, principalmente se se aplicar de forma ainda mais torta o princípio de cotas permitindo que cotistas despreparados se formem automaticamente (coisa que ainda não acontece mas pode ser invocada quando se vir que as cotas raramente permitirão que os cotistas mais despreparados completem o curso - potencialmente a maioria se não houver nenhuma ponderação por mérito, já que não seria o 102° o caso geral, mas sim o 1002° ou o 10002°);<br /><br />-- Servir de cortina de fumaça (sem produzir nenhuma forma de resolver o problema real do ensino de qualidade - o que vejo é que o brasileiro em geral geralmente se contenta com as soluções mais "cosméticas", superficiais, locais e de curto prazo, principalmente se elas tendem a esconder a causa real) para a condição crônica de decaimento qualitativo e progressivo dos cursos públicos em geral;<br /><br />Por último, não vejo qaulquer mecanismo de feedback que permita avaliar racionalmente o resultado desta decisão, nem um prazo ou condição para seu término, reforçando a nossa tendência à perpetuação de anormalidades jurídicas como a inimputação criminal dos índios que ainda vigora.Ricardo Françahttps://www.blogger.com/profile/15447764230269470673noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-66285483135005883862012-04-25T18:51:13.226-03:002012-04-25T18:51:13.226-03:00Homeopatia e cotas raciais. Pra terminar sua trilo...Homeopatia e cotas raciais. Pra terminar sua trilogia de temas polêmicos sugiro um post sobre transgênicos.Evandronoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-25531078844247946082012-04-25T13:38:50.645-03:002012-04-25T13:38:50.645-03:00No fundo, Carlos, talvez meu sentimento seja de qu...No fundo, Carlos, talvez meu sentimento seja de que no Brasil já há bacharéis demais... e profissionais de menos.<br /><br />Idéias como essas da Unicamp são ótimas, a meu ver, justamente porque são baseadas no mérito. Mas cabe a pergunta: sé é possível fazer um curso <i>"onde vão aprender (direito) coisas como literatura, matemática, lógica, noções básicas de metodologia científica"</i>, porque não é possível fazer isso no ensino médio pelo Brasil afora? Afinal, nem todos os pobres, negros e índios do Brasil poderão se matricular na Unicamp.<br /><br />Talvez me chamem de simplista, mas para mim a maneira ideal de resolver um problema é substituir um erro por um acerto, não por um erro no sentido contrário.Microempresárionoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-76337933700264570762012-04-25T13:12:16.440-03:002012-04-25T13:12:16.440-03:00Oi, Micro! Mas as coisas (melhorar o básico e faze...Oi, Micro! Mas as coisas (melhorar o básico e fazer um "ajuste fino" social no acesso ao superior) não são autoexcludentes. O problema de ficar só com a primeira ação é "queimar" as gerações que viverão entre o agora e o futuro do ensino básico bom.<br /><br />Quanto à questão do despreparo, ela é um tanto quanto relativa (como menciono no início da postagem) e há modalidades de ação afirmativa que ajudam a corrigir isso. <br /><br />A Unicamp, por exemplo, tem um programa, o ProFIS, que oferece aos melhores da classe de escolas públicas de áreas pobres de Campinas a oportunidade de fazer um curso de 2 anos de formação básica na universidade -- onde vão aprender (direito) coisas como literatura, matemática, lógica, noções básicas de metodologia científica -- e, caso sejam aprovados, nisso tudo, lhes oferece vagas em cursos normais da universidade.<br /><br />É um esquema de cota social (já que o programa só vale para escolas de áreas pobres) mas é meritocrático (já que recruta os melhores da classe) e corrige distorções de preparo acadêmico (ao impor o ciclo básico de 2 anos). E, sim, a maioria dos inscritos é de negros e mulatos.carlos orsihttps://www.blogger.com/profile/08991876880142494023noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-14454254040126944982012-04-25T13:00:11.866-03:002012-04-25T13:00:11.866-03:00- Não gosto da idéia de institucionalizar a idéia ...- Não gosto da idéia de institucionalizar a idéia de raças diferentes. Sem falar no problema do critério, porque boa parte da população não é nem branca nem negra, mas mestiça. É impossível definir um critério que não traga ambiguidades, sem falar no fato de que uma pessoa considerada branca em Salvador provavelmente não o será em Blumenau, apenas para ficar no exemplo mais extremo.<br /><br />- Ontem na Globo News um professor da USP, defendendo a proposta de "bonus" no vestibular, disse mais ou menos isso: "o vestibulando da escola pública está em desvantagem, e o aluno da escola particular é um privilegiado, então temos que compensar isso." Pergunto: de onde veio essa certeza de que todo aluno de escola particular é um privilegiado? Será que não pode existir um jovem cujos pais, de classe média baixa, fazem todo tipo de sacrifícios para dar um estudo melhor ao filho? E não pode existir outro jovem, cujos pais, com mais recursos que o primeiro, deixam o filho na escola pública porque preferem gastar em outras coisas? É fácil falar em termos "genéricos", como se cada pessoa tivesse a obrigação de se encaixar nos estereótipos definidos pelos "intelectuais".<br /><br />- Este mesmo professor foi perguntado sobre o sentimento de injustiça de um jovem que vê sua vaga recusada em favor de outro com nota mais baixa. Suas respostas: "não tem o direito de reclamar, porque as regras estavam definidas antes." (O prof. aparentemente não reconhece o direito de se questionar uma regra injusta) e "O adolescente que presta vestibular, pela sua pouca idade, é muito egocêntrico, e coloca seu interesse pessoal acima do interesse maior da sociedade." Espero não ter sido injusto ao parafrasear as citações (não tenho o programa gravado), mas os argumentos me pareceram, com perdão da franqueza, abertamente fascistas.<br /><br />- A entrevistadora perguntou ao mesmo professor se não seria o caso de pensar em cotas raciais para professores na USP. A resposta foi na linha de que as cotas para alunos podem resolver o problema, na medida em que os menos favorecidos, tendo condições de cursar a USP, sairão de lá podendo competir em condições de igualdade com os demais.<br /><br />- Minha conclusão: todo este negócio de cotas é, na melhor tradição brasileira, a solução errada para o problema certo: Se os menos favorecidos tiverem acesso a uma <b>educação básica de qualidade</b>, terão todas as condições de prestar vestibular em igualdade de condições com os "privilegiados". Mas o que se vê é que ano a ano a qualidade do ensino básico decresce, e muitos adolescentes terminam o ensino médio na condição de analfabetos funcionais. Acho que colocar analfabetos funcionais no ensino superior, com ou sem cotas raciais, sociais, etc., resultará em... analfabetos funcionais com diploma.<br /><br />- Em resumo, minha opinião é que permitir que o ensino básico permaneça como está e tentar "corrigir as desigualdades sociais" através das universidades é como construir uma casa com alicerces fracos e querer reforçar o telhado.Microempresárionoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-7700869281422342672012-04-25T11:59:01.995-03:002012-04-25T11:59:01.995-03:00Ficou estranha a minha afirmação no seguinte trech...Ficou estranha a minha afirmação no seguinte trecho: "Mesmo que ele funcione, a aplicabilidade dele não resolve o problema de que o negro, perante a sociedade, contiuará existindo".<br /><br />Comi algumas palavras. Quis dizer que o negro, enquanto sujeito político, continuará sofrendo com o preconceito.<br /><br />Abraço!Pedro Henrique Gomeshttp://www.tudoecritica.com.brnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-65996913102325933672012-04-25T11:20:52.044-03:002012-04-25T11:20:52.044-03:00Sim, concordo com esse sistema que você propôs. Ao...Sim, concordo com esse sistema que você propôs. Ao mesmo tempo, me parece que ele pode ser arbitrário demais e, assim, trair sua própria funcionalidade. Mesmo que ele funcione, a aplicabilidade dele não resolve o problema de que o negro, perante a sociedade, contiuará existindo. Você sabe que não é só o social (econômico), mas a cor da pele também carrega um peso imenso e, assim como pobres (e negros pobres, um tanto pior), negros e negras e índios e índias precisam de bifurcar um espaço diante da sociedade mesma. Penso que a condição sozinha não resolve o problema.<br /><br />Abraço!Pedro Henrique Gomeshttp://www.tudoecritica.com.brnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-13918032252909046872012-04-25T10:43:29.944-03:002012-04-25T10:43:29.944-03:00Oi, Pedro, obrigado!
Eu até acho que cotas raciai...Oi, Pedro, obrigado!<br /><br />Eu até acho que cotas raciais podem funcionar num primeiro momento, mas o precedente que elas abrem, ao legitimar/legalizar a discriminação com base na cor da pele, na opinião de um burocrata ou, no limite, na genética, me parece perigoso demais, mesmo. <br /><br />A mim me parece mais justo e mais seguro (embora, talvez, menos eficaz no curto prazo) um sistema de compensação por pontos -- uma estatística que diga, "o fato de Fulano ter renda X e ter estudado no colégio público vagabundo Y provavelmente lhe roubou 5 pontos da nota do vestibular, então vamos devolver esses pontos pra ele". <br /><br />O foco na condição, e não na identidade (uma pessoa pode deixar de ser pobre, mas ninguém deixa de ser branco, preto, índio, etc.) me parece mais republicano e humanista.carlos orsihttps://www.blogger.com/profile/08991876880142494023noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4555105387167852647.post-27564801185722653012012-04-25T10:19:01.597-03:002012-04-25T10:19:01.597-03:00Sempre elegante, Carlos.
Todavia, aqui, discordo....Sempre elegante, Carlos.<br /><br />Todavia, aqui, discordo.<br /><br />Duvido que as cotas configurem discriminação. Cotas para alunos egressos de escolas públicas precisam sim ser melhoradas, mas disso não se segue que não precisemos de cotas para negros/índios. Uma não anula a outra. Não se resolve um problema sem potencializar a correção do outro, pois penso que são complementares.<br /><br />Sobre essa questão, sempre recomendo a leitura dessa entrevista: http://www.revistaforum.com.br/conteudo/detalhe_noticia.php?codNoticia=9485<br /><br />Abraço do leitor!Pedro Henrique Gomeshttp://www.tudoecritica.com.brnoreply@blogger.com