Meu problema com a blasfêmia
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Antes que o título desta postagem cause algum mal-entendido: sou totalmente a favor da blasfêmia. Um dos itens que mais valorizo em minha biblioteca é a clássica edição da revista Free Inquiry que publicou todas -- todas -- as caricaturas dinamarquesas de Maomé que tanto furor causaram alguns anos atrás. Amaldiçoar, sacanear e ridicularizar divindades é um passatempo antigo e honrado, que deveria ser declarado patrimônio da humanidade pela Unesco. Em linhas mais gerais, eu diria que uma ideia que não é capaz de sobreviver a uma sátira não era uma boa ideia, para começo de conversa. Meu problema com a blasfêmia, que volta a incomodar por causa da recente onda de violência em reação a uma queima do Alcorão , é outro: por que uma divindade tão maravilhosa, fantástica, onipotente e fodesdástica como supostamente são os deuses que o povo gosta de adorar por aí haveria de se incomodar com sacanagens feitas por merdinhas como nós? Digo, eu tenho poder de vida e morte sobre as formig