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Mostrando postagens de novembro 27, 2016

Espíritos e ETs

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Pouco lembrada hoje em dia, a médium francesa, de origem húngara, Catherine-Elise Müller (1861-1929) ficou famosa no início do século 20, sob o pseudônimo de Hélène Smith, por conta de sua comunicação espiritual com o planeta Marte, onde encontrou almas transmigradas da Terra vivendo românticas aventuras. Müller/Smith chegou a psicografar um alfabeto marciano completo, que reproduzo abaixo, a partir do livro Error and Eccentricity in Human Belief , de Joseph Jastrow: O estudo clássico do fenômeno Hélène Smith foi realizado pelo psicólogo suíço Théodore Flournoy, uma figura que chegou a influenciar o pensamento de C.G. Jung. Flournoy demonstrou que a "língua marciana" psicografada tinha a mesma estrutura do francês, e atribuiu os transes marcianos da médium a uma mistura de imaginação e criptomnésia -- o fenômeno que ocorre quando demonstramos ter um conhecimento mas não nos lembramos de onde ou como o adquirimos. Quando Flournoy publicou seu livro sobre Smith, Da Índia

Princípios darwinianos inspiram algoritmos

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Mecanismos que atuam na evolução por seleção natural dos seres vivos podem ajudar a descobrir soluções para problemas de diversos tipos, incluindo questões sobre a estrutura de redes de telecomunicação e, até, um problema eminentemente econômico: como otimizar o resultado de um leilão de concessão pública. É o que mostra a tese de doutorado “Algoritmos evolutivos para alguns problemas em telecomunicações” , defendida por Carlos Eduardo de Andrade no Instituto de Computação (IC) da Unicamp, e orientada pelo professor Flávio Keidi Miyazawa, do mesmo instituto, e Mauricio G. C. Resende, do Departamento de Planejamento e Otimização Matemática, da Amazon.com, nos Estados Unidos. “Um algoritmo evolutivo é um método de resolução de problemas inspirado nos princípios darwinianos de evolução”, disse Andrade. “Em geral, um algoritmo evolutivo utiliza, como metáforas, os mecanismos biológicos de reprodução, mutação, recombinação e seleção natural através da aptidão. Tais mecanismos são simulado

Estudando sob estresse

Que pessoas submetidas a situações de estresse – como provas decisivas – tendem a ter mais dificuldade em lembrar informação decorada, todo vestibulando sabe. Mas uma pesquisa publicada na revista Science sugere que uma técnica especial de estudo facilita a rememoração, mesmo em condições estressantes: depois de estudar um assunto, esforçar-se em relembrar os pontos vistos, mas em princípio sem rever ou reler material original. O trabalho, de autoria de pesquisadores da Universidade Tufts, em Boston (EUA), comparou o desempenho, sob estresse, de voluntários que se dispuseram a tentar decorar listas de palavras e imagens por meio de uma estratégia comum – relendo-as ou revendo-as seguidas vezes – ou pelo método de “treino de memória”, esforçando-se para lembrar o conteúdo, numa espécie de sequência de testes simulados. O segundo grupo se saiu melhor. “Participantes que aprenderam por estudo repetido demonstraram o típico prejuízo causado na memória pelo estresse”, diz o artigo. “Já os

E o jornalismo que era bom virou marketing ruim

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O caderno  Fovest , da Folha de S. Paulo , publicou matéria neste domingo sobre os hábitos de consumo de informação dos vestibulandos mais bem-sucedidos no exame mais concorrido do Brasil, a Fuvest, que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), não só geralmente considerada a melhor do país como a que aparece, na maioria dos rankings internacionais, de modo consistente, com a primeira ou segunda melhor da América Latina, e também para a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa. O produto final, tal como editado e publicado, representa uma das mais desesperadas tentativas de transformar limão em limonada e maquiar o virtual desaparecimento da mídia impressa do radar de relevância da juventude jamais vistas. Sério, é de dar pena. Olhando o modo como os dados foram apresentados, é difícil decidir qual o alvo da manobra de marketing -- se o veículo, afinal, esconde a verdade de seus leitores ou de si mesmo. Aos números. Eles mostram que maioria esmagadora dos cand