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Mostrando postagens de novembro 6, 2011

A lição de Henfil para os rebeldes da USP

É provável que a sociedade em geral jamais venha a saber o que realmente aconteceu na desocupação da reitoria da Universidade de São Paulo, por exemplo, se as depredações foram feitas pelos estudantes ou pela PM, ou se coquetéis molotov já estavam lá ou foram plantados. Pessoalmente, acho plausível que a quebradeira tenha sido causada pelos policiais, já que barulho e destruição são táticas psicológicas clássicas  para produzir pânico e submissão (e de um ponto de vista puramente objetivo, é melhor paralisar as pessoas de medo, quebrando cadeiras, do que paralisá-las fisicamente, quebrando ossos), mas sou mais cético em relação aos coquetéis. De qualquer modo, o verossímil e o verdadeiro não necessariamente coincidem, e salvo aparecer um vídeo por aí mostrando quem quebrou o quê, o assunto passa a ser menos uma questão de fato e mais de paixão. E foi em meio à confusão retórico-passional que me lembrei de uma crônica escrita pelo grande cartunista Henfil, nos capítulos finais da di