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Mostrando postagens de março 11, 2018

Variedades da experiência placeba

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Muito já se lamentou, de ontem para hoje nas redes sociais, sobre a decisão do Ministério da Saúde de ampliar a oferta das chamadas "terapias complementares e alternativas" no Sistema Único de Saúde (SUS). Chamou-se atenção, por exemplo, para o fato de que países com sistemas de saúde pública funcionais, como o Reino Unido,  vêm excluindo essas terapias de seu rol de procedimentos, com o objetivo de otimizar o gasto público, e o SUS não tem exatamente dinheiro para queimar em bobagem; e de que não há evidência científica de que essas terapias funcionem melhor do que um placebo (isto é, do que mentir para o paciente, dizendo que o copo de água que ele tomou durante a consulta era remédio). É sobre este segundo ponto que eu gostaria de me debruçar no momento. Há algum tempo (pelo menos desde as "Homeopathy Wars" do Jornal da USP , no ano passado) que os proponentes de terapias alternativas vêm respondendo a essa acusação com um "Mas nós temos evidências!