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Mostrando postagens de março 18, 2012

Maratona da Lua: não perca

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No início da semana que vem -- entre domingo e segunda-feira, para ser preciso -- a Lua, em fase crescente, vai correr uma maratona: estará junto a Júpiter na noite de domingo, mas na segunda vai tirar uma fina de Vênus. Uma corrida e tanto: os dois planetas estão separados por 700 milhões de quilômetros, e... Tá. Brincadeirinha. A Lua não vai sair da órbita da Terra, como fez no seriado Espaço: 1999 . O movimento será aparente, causado pelo fato de o céu parecer uma tela plana, encurvada, onde as estrelas e planetas desfilam como pontinhos incrustados de luz. Mas isso não diminui em nada o espetáculo: quem se dispuser a olhar para noroeste, logo que escurecer, nos dois dias verá, no primeiro, o crescente bem perto de uma luz meio fraca, Júpiter; e no segundo, a Lua junto à segunda luz mais intensa do céu noturno, Vênus. Júpiter é o maior planeta do Sistema Solar e Vênus é até menor que a Terra (85% do volume da nossa bola de lama natal), mas a distância que separa os dois planetas

Calculando o número de 'encontros alinígenas reais'

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Do xkcd , genial como de costume. Também daria para chamar de "Equação de Fox Moulder" ou "Lei de Bilu".

Por que a evolução é verdade?

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Graças à magia do Kindle, terminei de ler por estes dias Why Evolution Is True , do biólogo americano Jerry Coyne, que há cerca de três anos mantém também um blog muito interessante com o mesmo nome do livro . Foi um respiro muito bem-vindo em meio às toneladas de religião e mitologia que ando digerindo ultimamente, numa espécie de ressaca bibliográfica do Livro dos Milagres (pesquisa-se uma coisa, surge uma referência a outra, e quando se nota você está lendo os evangelhos gnósticos de Nag Hammadi  e especulando sobre a relação entre Dositheus e Simão Mago). O livro de Coyne é uma exposição cuidadosa, para leigos, do estado atual da teoria da evolução e uma longa argumentação contra o criacionismo em geral. Funciona muito bem nas duas frentes. Claro, no meu caso o autor está pregando para os convertidos, mas mesmo assim encontrei muitas informações interessantes ali, incluindo alguns casos de (aparente) seleção sexual que complementam muito bem a linha de argumentação de Jared Di

'Secularismo militante', lá vamos nós de novo

Por uma daquelas ótimas coincidências que fazem por merecer no nobre título de  serendipidade , nesta segunda-feira temos disponíveis, online, dois artigos sobre a, ahn, "ameaça do secularismo militante", um de Carlos Alberto Di Franco , no Estadão , e outro de Nick Cohen , no Spectator .  Ambos têm algo a acrescentar ao "debate" em torno a remoção dos crucifixos dos tribunais determinada pela Justiça gaúcha, ainda que o de Cohen só o faça por vias transversas, já que seu principal foco é a situação britânica. Ah, sim: uso a palavra "debate" entre aspas porque a inadequação da presença de cruzes em cortes de Justiça deveria ser autoevidente, como bem expôs  Helio Schwartsman , na Folha , dias atrás. Mas, voltando à dupla principal: o texto de Cohen é praticamente uma refutação, ponto a ponto, do (pouco) que há de substantivo na diatribe de DiFranco, que começa a empilhar falácias logo de cara, ao declarar "chata" a preocupação secularista