Pseudociências, cristais, jornalismo
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Em seu divertidíssimo livro sobre a história da medicina e das terapias "integrativas e complementares", Suckers , a jornalista britânica de saúde Rose Shapiro aponta uma distinção simples -- e categórica -- entre a ciência médica e as diversas tradições culturais em que terapeutas alternativos buscam (ou dizem buscar) inspiração: enquanto a ciência foi descobrindo inúmeras causas para as doenças (vírus, bactérias, genética, contaminantes ambientais, estilos de vida, etc.), os integrativos costumam se agarrar a uma monocausa, uma causa única para todo mal: desequilíbrio. Desarmonia. Desalinhamento. Seja do chi , do prana , do yin ou do yang , da coluna vertebral, da dieta ou de algo genérico como "as vibrações", sempre há uma coisa fora da ordem que, se recolocada no devido lugar, traz a cura. Mesmo se reconhecem a existência de causas imediatas para a doença -- um parasita, uma infecção, uma mutação -- esses terapeutas tendem a pressupor que o agente só cons