O(s) problema(s) do mal
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipUT10R_PaoV-B13YiY7SGlF666b2UPGzPZD9cvoDc0davSoT9cFmwzKvM_9vWlT1dc3hYEbVheYz3-2sTwiJM0DHZta-7gTeZCfaZTzYhVpBwd4Xf8tEZJ-wiOvQWycEtKPFjxoUVQZ9I/s320/st-paul-at-ephesus-dore.jpg)
Para dar continuidade à série (informal e indefinida) sobre os argumentos clássicos do debate entre teísmo e ateísmo, depois de tratar da favelização do inefável , nada melhor que trazer à baila o Problema do Mal. A palavra "problema" pressupõe que a existência de mal e de sofrimento no mundo é, de certa forma, embaraçosa para quem defende uma concepção mais ou menos clássica de Deus. Nessa concepção clássica, a suposta entidade divina é entendida como um agente (isto é, um ser dotado de propósitos, intenções e que atua no mundo de forma coerente com esses propósitos e intenções) onipotente, criador e sustentáculo do Universo, infinitamente bom ("onibenevolente"), que ama e se interessa profundamente por suas criaturas. A formulação mais comum do problema é o chamado Paradoxo de Epicuro: Ou Deus quer acabar com o mal e não pode, e portanto não é onipotente; ou pode e não quer, e portanto não é bom . A resposta-padrão a esse desafio é o que gosto de chamar d