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Mostrando postagens de maio 28, 2017

Homeopatia, "fosfo", mudança climática

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Há alguns meses, comecei a produzir material, de forma esporádica, para o caderno Ideias do jornal paranaense Gazeta do Povo . Com minha saída da Unicamp, a produção cresceu naturalmente e, na última quinzena, a Gazeta acabou publicando três textos meus que têm muito a ver com o material que comumente aparece neste blog. Divulguei tudo nas redes sociais, mas como sei que esses são canais de oportunidade -- tem de calhar da pessoa interessada estar olhando pra timeline na hora em que o link aparece -- resolvi juntar tudo aqui, para que quem frequenta o blog possa ter acesso ao material de modo mais estável. Os temas são os que aparecem aí em cima, no título da postagem. Aos links: Por que a homeopatia, mesmo sem comprovação, ainda tem espaço no Brasil?  Este é um misto de artigo e reportagem que toma como "gancho" a polêmica (que ainda grassa) no Jornal da USP a respeito da validade da homeopatia como hipótese científica, disciplina acadêmica e prática médica. Fosfo

Livro dos Milagres: último lote autografado!

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Tenho aqui pra vender um lote de cem exemplares de O Livro dos Milagres . Algum leitor do blog interessado? Prometo autografar cada exemplar vendido. Publicado em 2011 pela prestigiada editora de obras de divulgação científica Vieira & Lent (que, entre outras coisas, "descobriu" a Suzana Herculano-Houzel), O Livro dos Milagres foi meu primeiro livro de não-ficção. Eu já estava com boa parte dele na cabeça quando saí do Estadão, em dezembro de 2010, e a escrita fluiu rapidamente. Ele seguiu a mesma vocação de best-seller da minha obra ficcional -- isto é, nenhuma -- mas foi lá encontrando seu público leitor. Como o título sugere, o livro trata da investigação científica de supostos eventos milagrosos -- curas em santuários marianos, ou ritos neopentecostais, gente que "fala em línguas", etc. --  e aborda ainda supostos milagres históricos como a abertura do Mar Vermelho, ressurreição de Jesus ou as visões de Maomé. O olhar crítico é, enfim, ecumênico.

Pânico moral na cracolândia

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Será que as ações recentes da prefeitura paulistana da chamada cracolândia refletem um pânico moral? Explicando: "pânico moral" é o nome dado por cientistas sociais a situações em que a sociedade, ou uma parte da sociedade, é tomada por uma preocupação irracional e exagerada em relação a uma circunstância que, por algum motivo, é vista como um problema social. Alguns críticos desse conceito queixam-se de que "pânico moral" é apenas um pejorativo usado por uma parcela da sociedade para desqualificar as preocupações de outra, já que não há uma definição objetiva do que seria um "exagero". Os defensores da validade da expressão, por sua vez, citam exemplos como a Caça às Bruxas do fim da Idade Média e a onda de medo que tomou conta dos Estados Unidos e do Reino Unido, nos anos 80, associada a alegações de que cultos satânicos estariam sequestrando e abusando de crianças. Nada pode ser mais objetivamente exagerado, apontam, do que uma convulsão social