Breve, em abril...



"Espada e Magia" é uma boa tradução de sword & sorcery (S&S), meu subgênero favorito de fantasia, no qual já me aventurei algumas vezes (leitores de e-book podem encontrar exemplos aqui e aqui).A diferenciação mais comum citada entre S&S e a chamada "Alta Fantasia" -- Tolkien e quejandos -- costuma ser a de que a Espada e Magia se interessa mais pelas lutas pessoais de indivíduos, enquanto que a Alta Fantasia lida com os destinos de povos, continentes, mundos.

Esta não é, no entanto, minha forma favorita de distinguir uma coisa da outra -- mesmo porque não se trata de uma distinção muito clara: no romance The Hour of the Dragon , vemos a luta pessoal de Conan para recuperar a coroa da Aquilônia, ao mesmo tempo em que sabemos que o destino da Era Hiboriana está em jogo.

Para mim, o que separa os gêneros é uma diferença fundamental de tom: num mundo de Alta Fantasia é possível sobreviver sendo uma coisinha lindinha e fofinha, cantando musiquinhas bonitinhas no bosquezinho verdinho. Na S&S, nunca. A menos que seja um disfarce. Disfarçando algo extremamente desagradável. Mesmo.

Foi, portanto, com muito orgulho que recebi o convite do editor Cesar Alcázar para participar da antologia Crônicas de Espada e Magia, cuja belíssima capa você vê aí no alto. O livro inclui, além do conto de "lançamento" do meu anti-herói Anror Murd (protagonista de um romance empacado há meses, Anror está se saindo melhor na forma curta), trabalhos de Robert E. Howard (com um conto de fora da série do Conan, aliás), Fritz Leiber (o pai da expressão "sword & sorcery"), Karl Edward Wagner (sua primeira publicação no Brasil, até onde sei) e de outros brasileiros que militam na seara fantástica.

Esta é minha primeira publicação em livro neste ano, na esteira do Ficção de Polpa que saiu no fim de 2012. Assim como o FdP, é um lançamento que vem do sul do Brasil. Mais coisas ainda devem aparecer ao longo de 2013 -- fiquem ligados!

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