A matemática de mudar de ideia
Um modelo matemático, descrito na edição mais recente da revista Science, tenta capturar a forma como influências sociais interagem com o acesso à informação para moldar redes de crenças na mente humana. Modelos focados na psicologia individual reconhecem que as crenças se organizam em estruturas lógicas – a crença na verdade da afirmação A implica a crença na verdade da afirmação B, que decorre logicamente de A – mas os modelos focados em influência social, incluindo a exercida pela educação ou pela divulgação científica, tendem a tratar crenças específicas – como o criacionismo, o aquecimento global ou a adesão a esta ou aquela política macroeconômica – como entidades isoladas.
O novo modelo, proposto por pesquisadores dos EUA, Holanda e Rússia, busca integrar a ideia de redes de crenças logicamente articuladas a um esquema de influência social. “Um indivíduo que acredita que a civilização humana é insignificante demais para afetar o meio ambiente global tenderá a resistir à evidência de mudanças antropogênicas na concentração atmosférica de dióxido de carbono, porque a crença anterior solapa a seguinte”, exemplifica o pesquisador Carter T. Butts, da Universidade da Califórnia, em comentário ao artigo que apresenta o modelo.
O novo modelo, proposto por pesquisadores dos EUA, Holanda e Rússia, busca integrar a ideia de redes de crenças logicamente articuladas a um esquema de influência social. “Um indivíduo que acredita que a civilização humana é insignificante demais para afetar o meio ambiente global tenderá a resistir à evidência de mudanças antropogênicas na concentração atmosférica de dióxido de carbono, porque a crença anterior solapa a seguinte”, exemplifica o pesquisador Carter T. Butts, da Universidade da Califórnia, em comentário ao artigo que apresenta o modelo.
“De modo semelhante, estruturas de crença podem, em alguns casos, amplificar o impacto da influência social, levando pessoas persuadidas a aceitar uma proposição a imediatamente aceitar proposições que decorrem dela”.
O novo modelo parte do conceito de redes de crenças e incorpora a ele um mecanismo de influência intrapessoal, em que a aceitação ou rejeição de uma proposição se propaga para outras afirmações conectadas a ela, em rede. A intensidade da propagação pode ser calibrada por diferentes pesos dados às conexões da rede.
“As interdependências das alegações são importantes, e suas manifestações podem ser diversas quando os indivíduos estão integrados a um sistema de influência interpessoal que modifica as certezas de crença”, diz o artigo que descreve o modelo. “A dinâmica do sistema de crenças depende da topologia das interdependências das alegações e da topologia da rede de influências a que os indivíduos estão integrados”. (Esta nota faz parte da coluna Telescópio, do Jornal da Unicamp)
O novo modelo parte do conceito de redes de crenças e incorpora a ele um mecanismo de influência intrapessoal, em que a aceitação ou rejeição de uma proposição se propaga para outras afirmações conectadas a ela, em rede. A intensidade da propagação pode ser calibrada por diferentes pesos dados às conexões da rede.
“As interdependências das alegações são importantes, e suas manifestações podem ser diversas quando os indivíduos estão integrados a um sistema de influência interpessoal que modifica as certezas de crença”, diz o artigo que descreve o modelo. “A dinâmica do sistema de crenças depende da topologia das interdependências das alegações e da topologia da rede de influências a que os indivíduos estão integrados”. (Esta nota faz parte da coluna Telescópio, do Jornal da Unicamp)
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