Arte vulcânica marciana


Esta foto aí é a ampliação de uma seção de um milímetro de largura de um meteorito marciano, vista por um microscópio de luz polarizada. As diferentes cores representam diferentes minerais. Ela faz parte de um estudo publicado em Nature Communications sobre a taxa de crescimento dos vulcões marcianos, que pelo que estimam os autores é muito mais lenta que a verificada na Terra.

O estudo foi feito com base numa família de meteoritos que se originou, toda ela, de um único evento -- a colisão de um asteroide com a encosta de um vulcão marciano há 10 milhões de anos (mais ou menos), lançando lascas ao espaço. Algumas delas caíram na Terra, em lugares tão diversos quanto Egito, Antártida e Brasil (o Meteorito Governador Valadares).

Mas essa conversa de meteorito e vulcões marcianos é só desculpa minha para publicar a foto, mesmo. Eu podia tentar sacar da algibeira algumas platitudes (como "sacar da algibeira") sobre a interação entre acaso, catástrofe, natureza, ciência e arte -- uma colisão cósmica de milhões de anos atrás, em outro planeta, filtrada por tecnologia e levando a uma curiosa composição de cores -- mas deixa pra lá.

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