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Mostrando postagens de junho 29, 2014

De volta ao mundo do terror

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Meu primeiro livro publicado foi Medo, Mistério e Morte , lançado em 1996 por uma pequena editora chamada Didática Paulista, que de lá para cá mudou de nome e se especializou em livros evangélicos (o que mostra, entre outras coisas, que o destino é um grande ironista). O título, imagino, já deixa claro que se trata de uma coleção de contos de terror. Muitas dessas histórias tinham inspiração direta na obra de H.P. Lovecraft, ainda que eu me reserve o direito de achar que fiz algumas contribuições originais aos Mitos de Cthulhu, como a criação de um livro maldito em tupi-gurani, o temível  Ang-Mbai Aiba . Cheguei a militar no fandom internacional de Lovecraft e do terror literário, filiando-me por algum tempo à Horror Writers Association , publicando alguns trabalhos  em inglês , não só online como também no clássico fanzine de papel  Crypt of Cthulhu . Bom, acontece que o tempo passou, meus interesses se diversificaram e acabei desenvolvendo uma certa antipatia ideológica pelos

Escritora que era louca, ou louca que escrevia?

Mãe adolescente, mulher rica que chegou a se definir como “esquizofrênica de carteirinha”, aviadora, homicida, cega, prisioneira, escritora genial. A mineira Maura Lopes Cançado (1929-1993) foi tudo isso: saudada como uma das principais promessas da literatura brasileira nos anos 60, “contista revelação” do lendário Suplemento Dominical do Jornal do Brasil – onde trabalhavam, entre outros, Carlos Heitor Cony e Ferreira Gullar – Maura passou a vida adulta entrando e saindo de hospícios e, numa dessas internações, matou outra paciente. Presa num hospital penitenciário, em condições precárias, desenvolveu catarata, ficou cega. Libertada, passou por uma cirurgia e recuperou a visão, mas não escreveu mais. Leia, no Jornal da Unicamp , entrevista que fiz com a pesquisadora Célia Musilli, que mergulhou na obra de Maura .

As pirâmides de Fantástico

Algumas pessoas me procuraram, nas redes sociais, em busca de comentários a respeito da reportagem do Fantástico do último dia 22, que trata de uma comunidade mística, na Serra do Roncador, no Centro-Oeste brasileiro, onde são realizados rituais de “cura” envolvendo cirurgias sem bisturi e pirâmides flutuantes. Depois de assistir à matéria (que está online, acompanhada de uma útil transcrição, neste link ), resolvi oferecer meus dois centavos a respeito, e também falar um pouco sobre os precedentes, na cultura popular e no meio esotérico, das alegações dos místicos da Serra. Você pode ler o comentário completo no site da revista Galileu .