Vitaminas, anfetaminas e o valor de pi

O caso da proibição-liberação das anfetaminas e da sibutramina no Brasil desencadeou uma discussão sobre o papel do Estado na regulação do mercado de drogas e medicamentos. Seguindo o exemplo dado pelos Estados Unidos, hoje em dia as autoridades de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, exigem, primeiro, que o fabricante que pretende lançar uma nova droga revele do que ela é feita; em seguida, que ofereça prova científica de que o medicamento é seguro; por fim, de que realmente funciona contra a doença ou condição que pretende combater. Há algumas exceções a esses princípios, principalmente em relação ao último, no que diz respeito a suplementos alimentares, vitaminas e medicamentos homeopáticos mas, no geral, a regra é essa. Por razões óbvias, os governos que seguem esses princípios estabelecem órgãos próprios para avaliar se as provas de segurança e eficácia oferecidas pelos fabricantes são válidas, já que esse tipo de decisão requer uma competência técnica que não está...