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Mostrando postagens de junho 12, 2016

Mitocôndrias e deuses astronautas

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Durante o evento pró-fosfoetanolamina realizado no último sábado, os químicos da USP de São Carlos que, ainda hoje, são os principais promotores da fosfoetanolamina sintética (R)  (FOS) como cura universal e inquestionável do câncer, apresentaram sua visão completa do suposto mecanismo de ação da substância (ou mistura de substâncias, de acordo com a análise realizada pelo Instituto de Química da Unicamp ). Minimizando  o tão decantado papel da FOS em "marcar" as células cancerosas para o sistema imunológico, concentraram-se mais na ideia de que a molécula é capaz de reativar as mitocôndrias, as estruturas responsáveis por oxidar açúcar e gerar energia no interior das células. Resumindo, os pais da FOS afirmam que as alterações genéticas que fazem a célula reproduzir-se descontroladamente são mera consequência de um problema metabólico, envolvendo o transporte de gordura para o interior da célula. A falta de gordura, de acordo com o modelo, desativa a mitocôndria. Pa

Alice no País da Fosfoetanolamina

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No último sábado, visitei uma realidade alternativa. Cheguei lá não caindo pela toca de um coelho, mas subindo no elevador de um hotel no centro da cidade de São Paulo, a dois quarteirões da Praça da República: foi no 23º andar do Hotel Excelsior que aconteceu o Seminário Fosfoetanolamina em Debate, patrocinado pelo Sindicado dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo. Neste mundo paralelo, onde as leis mais fundamentais da biologia e da fisiologia divergem das do nosso Universo, o câncer não é causado por mutações genéticas, mas pela mudança na acidez do citoplasma; as células cancerosas são anaeróbicas, mas precisam de oxigênio para viver; e uma só molécula, fosfoetanolamina sintética de São Carlos -- e só a de São Carlos -- , é capaz de levar essas células ácidas que não respiram, mas precisam de oxigênio, ao suicídio. Esta, ao menos, é a biologia fundamental do câncer de acordo com as apresentações feitas pelos professores Gilberto Chierice e Salvador Claro Neto. Abaixo, alguns s