Minhas objeções ao politicamente correto
No ano passado, o blogueiro de ciência Roberto Takata publicou uma longa e bem-pensada postagem em defesa da preocupação com o politicamente correto ; outro dia, o médico e escritor de ficção científica Flávio Medeiros fez uma longa postagem em tom de desabafo no sentido oposto . O texto de Medeiros não é uma resposta direta ao de Takata, mas a justaposição de ambos me levou a, finalmente, pôr no papel (ou no servidor) meus pensamentos a respeito. Acho que um bom jeito de começar é tirando um bode da sala -- no caso, o fato de, no Brasil, a expressão "politicamente incorreto" ter virado um eufemismo (politicamente correto?) para grosso, malcriado, escroto. Nesses casos, a solução é milenar: em companhia civilizada, quem comete grosseria perde credibilidade e, se insistir, é gentilmente convidado a se retirar. Criança malcriada vai pra cama mais cedo, sem videogame, televisão e com mesada cortada. Adulto malcriado deve ser ignorado, desprezado ou, em casos extremos, entregu...