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Mostrando postagens de novembro 19, 2017

Livro dos Milagres no Natal!

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Óquei, sei que o título da postagem ficou infame, mas não está totalmente fora de propósito (um dos capítulos de O Livro dos Milagres trata, exatamente, do nascimento virgem). Este foi meu primeiro livro de divulgação científica, e aborda assuntos como curas pela fé, aparições marianas, exorcismos e quetais -- sob um ponto de vista cético, com referências às pesquisas científicas realizadas sobre o tema. Foi lançado originalmente pela editora Vieira & Lent -- que está sendo desativada neste ano -- em 2011. Tenho ainda algumas dezenas de exemplares aqui em casa. Estou vendendo por R$ 40 cada, autografado e com o frete incluso. Para comprar, é só clicar no botão abaixo e depois seguir as instruções do PayPal:

Minha palestra no TEDx USP

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No fim de outubro, participei do evento TEDx USP -- Interações , onde fiz uma palestra sobre as lições que uma carreira meio bizarra no mundo do jornalismo científico, escrevendo sobre pirâmides em Marte, avistamentos do Pé-Grande e correntes de e-mail denunciando a internacionalização da Amazônia me ensinou e que pode ajudar as pessoas a navegar este mundo de bolhas online, pós-verdade e fake news . Mais pessoas participaram, cada uma tratando de um tema diferente: Átila Iamarino, Mathhew Shirts, Sabine Righetti, André Souza, Pedro Kyatt, Hugo Aguilaniu, Mayra Castro e Natália Pasternak Taschner. Os vídeos do Átila e do André já estão no ar enquanto escrevo, os demais devem aparecer em breve. Um TEDx é um evento que segue os padrões das TED Talks , como seu lema "ideias que vale a pena espalhar", mas organizado de forma independente (daí o "x"). Neste caso, como o nome TEDx USP diz, a organização coube à Universidade de São Paulo. O convite para partici

Thor, deus da antimatéria

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Me diverti com Thor - Ragnarok . [Spoilers ahead] Como um leitor antigo dos quadrinhos, no entanto, fiquei desapontado com a forma com que o o filme desperdiça a história da redenção do Executor, para mim um dos momentos mais trágicos, reveladores e emocionantes da história das HQs de super-herói: fiquei com aquilo entalado na garganta por dias, e até hoje consigo me lembrar da montagem exata da página. Acho que o Walt Simonson devia ter se aposentado depois daquilo: sua contribuição à Arte e à Humanidade estava dada. Talvez esse meu incômodo com o Executor (não só a história é desperdiçada, como o ator, Karl Urban, que certamente poderia ter tirado mais do personagem) reflita, em parte, o que incomodou outras pessoas que viram o filme e com quem conversei. A maioria teve uma reação do tipo "é muito legal, mas alguma coisa ficou esquisita". O "esquisito" pode muito bem ser a atrofia da dimensão trágica do filme, exemplificada no caso do Executor -- que só fi

Trevas no coração do jornalismo "de bem-estar"

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Sempre tive um certo pé atrás com o modo, digamos, "canônico" de se fazer jornalismo de saúde na grande imprensa brasileira. Há uma fórmula: parte-se de uma condição (uma doença -- digamos, câncer de pulmão), de um tratamento e/ou mecanismo preventivo (digamos, uma nova técnica cirúrgica, talvez uma vacina recém-lançada) ou de uma conduta (pode ser fumar, deixar de fumar, vacinar-se, não vacinar-se). A partir daí, buscam-se os chamados "personagens", que são pessoas que sofrem da condição/submeteram-se ao tratamento/têm ou não têm a conduta. Até algum tempo atrás, matéria de saúde em jornalão, sem personagem, era algo quase tão herético quanto matéria de economia sem o Maílson da Nóbrega. E isso porque o Maílson deu uma sumida, mas os personagens, não. Se o núcleo de personagens envolver uma família (a combinação de criancinha fofa doente com mamãe guerreira, cheia de esperança, mas com lágrima -- quase imperceptível -- no canto do olho é especialmente matado