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Mostrando postagens de setembro 8, 2013

Cantada, crime e censura

Parece que algumas pessoas estão tendo dificuldade em absorver o resultado da Pesquisa Chega de Fiu-Fiu , segundo a qual 83% das mulheres não gosta de ouvir cantada -- entendendo-se, aí, "cantada" como uma manifestação não-solicitada de interesse sexual  em espaço público. De todas as críticas ao resultado, talvez a única que tem algum valor real é a do vício da amostra: a pesquisa foi aplicada por um site feminista, no âmbito de uma campanha contra a cantada, o que torna o resultado, do ponto de vista estatístico, tão discutível quanto o uma pesquisa do site do Greenpeace sobre rotulagem obrigatória de transgênicos: ninguém vai se surpreender se 90% dos respondentes forem a favor! Ainda assim, quase 8.000 mulheres responderam. E mais de 6.000 delas disseram que não gostam de cantadas. Números absolutos costumam ser um mau guia para avaliar pesquisas, mas num tema tão íntimo quanto a reação a cantadas, a opinião negativa de 6.000 mulheres certamente deve ser levada a séri

As aparições da Mãe de Jesus e os bugs do cérebro humano

O que os municípios de Ferraz de Vasconcelos (SP) e Chicago (EUA) têm em comum? Aparentemente, pouquíssima coisa: com 168 mil habitantes e 29 quilômetros quadrados, a cidade brasileira faz parte da periferia de São Paulo. Já a americana é uma metrópole, com mais de 2 milhões de habitantes e 600 quilômetros quadrados. Ambas, no entanto, abrigam imagens que, de acordo com alguns fiéis, são retratos milagrosos da mãe de Jesus. ( continue lendo a coluna Olhar Cético no site da Galileu )

Sambaquis são descobertos na Amazônia boliviana

Uma equipe internacional de pesquisadores, liderada por Umberto Lombardo, da Universidade de Berna, na Suíça, descobriu que pelo menos três das “ilhas de floresta” existentes na região de Llanos de Moxos, na Amazônia boliviana, são, na verdade sambaquis: montes de conchas de animais aquáticos, ossos e carvão, erguidos por ação humana há cerca de 10 mil anos. Essas “ilhas” são elevações do solo cobertas por árvores, que se destacam em meio à vegetação baixa da região. ( Leia mais na coluna Telescópio , do Jornal da Unicamp )

Rogue Male

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Capa e lombada da edição da Folio Society Fazia tempo que estava querendo ler Rogue Male , de Geoffrey Household: a primeira vez que ouvi falar do livro foi numa biografia de Ian Fleming, onde se dizia que Household tinha sido um autor muito admirado pelo criador de James Bond; a segunda foi em SOE , de M.R. Foot, uma história da Executiva de Operações Especiais, órgão clandestino criado pelo governo britânico para estimular a subversão e a sabotagem na Europa ocupada pela Alemanha, durante a 2ª Guerra. Nesse livro, não só Rogue Male é elogiado como "um dos melhores thrillers já escritos", como somos informados de que Household havia tomado parte num projeto para sabotar os campos de petróleo da Romênia, caso os nazistas se apossassem deles. Com essas indicações, ficou óbvio que eu tinha de ler o livro. Há alguns dias, finalmente consegui pôr as mãos numa edição fantástica da Folio Society e, obrigando-me a abrir uma pausa nas leituras de não-ficção que andam monopoliz