A ciência da revolta, versão minimalista

Por que as pessoas se rebelam? E por que se rebelam em certos momentos, e não em outros? Exceto em circunstâncias muito específicas, levantar-se contra o poder estabelecido parece ser, ao menos numa análise desapaixonada, uma péssima ideia: os rebeldes não só arriscam suas vidas e as de suas famílias, como ainda correm o risco de, em caso de sucesso, ver a ordem que se esforçaram para derrubar substituída por outra ainda pior. A despeito de todos os riscos e contraindicações, no entanto, revoltas e revoluções continuam a acontecer, ou deixar de acontecer, de uma forma que desafia as previsões dos teóricos (como os acadêmicos marxistas que construíram carreiras inteiras tentando explicar a embaraçosa ausência de la revolución bem sabem). Numa tentativa de compreender melhor o fenômeno, pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA, decidiram adotar uma abordagem minimalista e estudar detalhadamente os fatores envolvidos nos motins a bordo de navios da Marinha Britânica e...