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Mostrando postagens de setembro 11, 2016

Competindo com um robô virtual

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Sentir-se deixado para trás pela competição – mesmo uma competição falsa, virtual – aumenta o engajamento de voluntários em projetos científicos, sugere um pequeno estudo realizado nos Estados Unidos, descrito no periódico Journal of the Association for Information Science and Technology . O trabalho, que teve como base uma iniciativa de “citizen science” da Universidade de Nova York, envolveu 120 voluntários inscritos num projeto de monitoramento ambiental, o Brooklyn Atlantis. Nesse projeto, cidadãos são convidados a analisar fotografias tiradas por um robô que nada num rio poluído e a identificar os objetos que aparecem nas imagens – sejam pedaços de lixo, animais ou, mesmo, pessoas. Para a realização do experimento sobre o poder da competição, a interface do programa mudou para registrar a performance de um “parceiro virtual”, que supostamente também estaria envolvido na atividade de identificar as imagens. A performance era medida pelo número de imagens trabalhadas. Esse “p

Internet contra a opressão?

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O controle estatal sobre o acesso à internet, exercido em diversos países em desenvolvimento, impede que populações marginalizadas cheguem à rede e possam usá-la como meio de libertação, diz artigo publicado na revista Science . Quando é o governo quem escolhe onde haverá pontos de acesso, a internet torna-se mais disponível em áreas dominadas por etnias ou grupos que já dispõem de grande poder na sociedade. O estudo, de autoria de pesquisadores baseados na Europa, descobriu que, mesmo controlando fatores como dificuldade de acesso geográfico e desigualdade econômica, a desigualdade digital revela um “viés político forte e persistente”. “A discriminação digital politicamente motivada, contra grupos étnicos marginalizados, que identificamos nesta análise constitui um desafio para os proponentes da libertação pela tecnologia”, diz o texto publicado na Science. Os autores prosseguem: “Em muitos países, o acesso às modernas tecnologias (...) é determinado pelos governos nacionais. Como d

11/9, o dia em que a Folha pulou o tubarão

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Digamos que, numa bela manhã de domingo, você leia o seguinte: que o documentário paranoico Loose Change , sobre como os atentados contra as Torres Gêmeas do World Trade Center foi fruto de uma conspiração do governo Bush, é um trabalho "respeitado"; e que "ainda não há explicação científica que desvende o mistério dos aviões que 'desapareceram' dentro das torres". O que você está lendo? Uma edição especialmente delirante de Superinteressante ? O website de um proponente da Nova Ordem Mundial? Uma publicação supremacista branca? Um fanzine da extrema esquerda antiamericana? Essas frases, publicadas sem nenhuma ressalva -- por exemplo, a de que o diretor de Loose Change , David Avery, renegou o filme e hoje acha que Bush "não seria capaz de planejar uma tigela de cereais" , ou de que "explicações científicas" para a destruição das torres abundam, constando tanto de relatórios oficiais quanto de investigações independentes -- es