Não é, mas deveria ser
É uma pena que a maior parte do conteúdo da revista Free Inquiry não seja oferecido online. Isso é até parte de uma estratégia de marketing -- "o melhor conteúdo sobre humanismo e ateísmo não está na internet!", diz o slogan da publicação -- mas aí o pessoal perde coisas como o artigo publicado no fim do ano passado pela jornalista Katrina Voss, chamado Homosexuality Is Not a Choice, But It Should Be: ou, "Homossexualidade Não É Uma Escolha, Mas Deveria Ser".
O argumento é o de que o movimento gay americano (e, por tabela, no resto do mundo) acabou caindo numa armadilha dos conservadores religiosos ao usar o dado científico, de que a orientação sexual tem base biológica, para sustentar a reivindicação de direitos civis iguais aos dos heterossexuais e o fim do preconceito.
A ideia geral parece ser a de que, se convencermos os fundamentalistas de que ser gay é um fato biológico, como ser canhoto ou ter olhos azuis, e não algo sob a tutela do livre arbítrio, então não tem como ser pecado; se não tem como ser pecado, então, ora bolas, não é pecado; e se não é pecado, não tem por que esses carolas ficarem enchendo o saco.
Os problemas em adotar essa linha de argumentação são tantos que chega a ser difícil começar uma enumeração, por isso vou citar apenas três: primeiro, quem assume essa ideia de igualar o "natural" ao "irrepreensível" um dia corre o risco, a depender dos avanços da ciência, de ter de declarar pedófilos, estupradores e autores de crimes de ódio (homofóbicos, racistas, etc.) como pobres vítimas inimputáveis de pulsões plantadas no cérebro do primata tribal pela evolução.
Segundo, implicitamente legitima o conceito altamente problemático e autoritário de "pecado" -- que corresponde, na raiz, não àquilo que prejudica outros seres humanos ou demais seres vivos capazes de sofrer, que é a preocupação básica da ética racional, mas àquilo que "ofende a Deus".
Terceiro, e talvez mais grave, a estratégia subestima de modo cabal a capacidade que "Deus" tem para se ofender com as coisas que Ele mesmo faz. Há vários casos clássicos na Bíblia -- o mais famoso deles provavelmente é o do Dilúvio, onde toda a natureza criada de repente passa a ser vista como "ofensiva" pelo Criador, com os resultados conhecidos.
Mas temos ainda outros exemplos. Aqui, durante o Êxodo: quem viu o filme do Charlton Heston provavelmente se lembra de que as pragas foram enviadas ao Egito porque o faraó tinha desobedecido à ordem de Deus para deixar partir os hebreus, certo? Usou o livre-arbítrio para fazer bobagem, danou-se.
Mas:
O Senhor disse a Moisés: “Vê: vou fazer de ti um deus para o faraó, e teu irmão Aarão será teu profeta./Dirás tudo o que eu te mandar, e teu irmão Aarão falará ao rei para que ele deixe sair de sua terra os israelitas./Mas eu endurecerei o coração do faraó, e multiplicarei meus sinais e meus prodígios no Egito./Ele não vos ouvirá. Então estenderei minha mão sobre o Egito e farei sair dele os meus exércitos, meu povo, os israelitas, com uma grandiosa manifestação de justiça.
1. A cólera do Senhor se inflamou novamente contra Israel e excitou Davi contra eles, dizendo-lhe: Vai recensear Israel e Judá./ (...) /Depois que foi recenseado o povo, Davi sentiu remorsos e disse ao Senhor: Cometi um grande pecado, fazendo isso. Mas agora apagai, ó Senhor, a culpa de vosso servo, porque procedi nesciamente.
O argumento é o de que o movimento gay americano (e, por tabela, no resto do mundo) acabou caindo numa armadilha dos conservadores religiosos ao usar o dado científico, de que a orientação sexual tem base biológica, para sustentar a reivindicação de direitos civis iguais aos dos heterossexuais e o fim do preconceito.
A ideia geral parece ser a de que, se convencermos os fundamentalistas de que ser gay é um fato biológico, como ser canhoto ou ter olhos azuis, e não algo sob a tutela do livre arbítrio, então não tem como ser pecado; se não tem como ser pecado, então, ora bolas, não é pecado; e se não é pecado, não tem por que esses carolas ficarem enchendo o saco.
Os problemas em adotar essa linha de argumentação são tantos que chega a ser difícil começar uma enumeração, por isso vou citar apenas três: primeiro, quem assume essa ideia de igualar o "natural" ao "irrepreensível" um dia corre o risco, a depender dos avanços da ciência, de ter de declarar pedófilos, estupradores e autores de crimes de ódio (homofóbicos, racistas, etc.) como pobres vítimas inimputáveis de pulsões plantadas no cérebro do primata tribal pela evolução.
Segundo, implicitamente legitima o conceito altamente problemático e autoritário de "pecado" -- que corresponde, na raiz, não àquilo que prejudica outros seres humanos ou demais seres vivos capazes de sofrer, que é a preocupação básica da ética racional, mas àquilo que "ofende a Deus".
Terceiro, e talvez mais grave, a estratégia subestima de modo cabal a capacidade que "Deus" tem para se ofender com as coisas que Ele mesmo faz. Há vários casos clássicos na Bíblia -- o mais famoso deles provavelmente é o do Dilúvio, onde toda a natureza criada de repente passa a ser vista como "ofensiva" pelo Criador, com os resultados conhecidos.
Mas temos ainda outros exemplos. Aqui, durante o Êxodo: quem viu o filme do Charlton Heston provavelmente se lembra de que as pragas foram enviadas ao Egito porque o faraó tinha desobedecido à ordem de Deus para deixar partir os hebreus, certo? Usou o livre-arbítrio para fazer bobagem, danou-se.
Mas:
O Senhor disse a Moisés: “Vê: vou fazer de ti um deus para o faraó, e teu irmão Aarão será teu profeta./Dirás tudo o que eu te mandar, e teu irmão Aarão falará ao rei para que ele deixe sair de sua terra os israelitas./Mas eu endurecerei o coração do faraó, e multiplicarei meus sinais e meus prodígios no Egito./Ele não vos ouvirá. Então estenderei minha mão sobre o Egito e farei sair dele os meus exércitos, meu povo, os israelitas, com uma grandiosa manifestação de justiça.
(Êxodo 7:1-4)
Ou seja, o Senhor fez o faraó desobedecê-lo só para poder castigá-lo depois. Até mesmo o Rei David caiu numa dessas:
(2 Samuel 24)
.
Quer dizer, Deus induz o rei a fazer um censo (o que, por algum motivo, era pecado) e, depois, o rei ainda tem que pedir desculpas. Não vou nem entrar na questão do papel de Judas Iscariote no plano da salvação, para não complicar demais a coisa, mas os exemplos são bem claros: Deus volta e meia cria situações só para ter a quem punir depois. Nada impede, portanto, que ele tenha inventado o fenômeno natural da homossexualidade só para "se ofender" e aí ter o prazer de atormentar os gays. Mesmo dentro da lógica bíblica, portanto, a ideia de "é natural, logo não é pecado" não funciona.
Quer dizer, Deus induz o rei a fazer um censo (o que, por algum motivo, era pecado) e, depois, o rei ainda tem que pedir desculpas. Não vou nem entrar na questão do papel de Judas Iscariote no plano da salvação, para não complicar demais a coisa, mas os exemplos são bem claros: Deus volta e meia cria situações só para ter a quem punir depois. Nada impede, portanto, que ele tenha inventado o fenômeno natural da homossexualidade só para "se ofender" e aí ter o prazer de atormentar os gays. Mesmo dentro da lógica bíblica, portanto, a ideia de "é natural, logo não é pecado" não funciona.
Toda a discussão sobre se a homossexualidade é "natural" ou não, no fim, não passa de uma armadilha: um atoleiro retórico. E se não fosse natural? Óculos não são, e nem por isso a moral cristã exige que os míopes andem por aí dando trombadas nas paredes. O verdadeiro critério de certo e errado, admissível e inadmissível, etc., não é, não pode ser esse.
(Claro, a investigação dos limites e das interações entre o biológico e o cultural tem valor intrínseco; o que questiono aqui é o uso dos resultados dessas investigações na esgrima -- ou seria no pugilato? -- em torno dos direitos civis dos gays.)
Em seu romance The Forever War, escrito na ressaca da Guerra do Vietnã, Joe Haldeman fala de um soldado que, depois de passar séculos numa guerra, volta à Terra e descobre que, por conta de uma campanha maciça de propaganda do governo, toda a população tornou-se homossexual. Ele quase chega a seduzir uma mulher com tendências heterossexuais latentes, mas evita fazê-lo, para que ela não fique estigmatizada.
A ficção de Haldeman, escrita numa época em que a sexualidade humana era vista como perfeitamente maleável, explicita o fato de que a relação da cultura e da sociedade com a homossexualidade depende muito mais dos mores do momento do que de qualquer outra coisa.
Se nossa soi-disant civilização tem alguma vantagem nesse campo, é a capacidade de refletir criticamente sobre esses mores e sobre as tradições que os trouxeram até nós: matar e roubar têm consequências negativas óbvias, mentira e traição causam sofrimento em gente inocente, mas duas pessoas adultas e descompromissadas que sentem desejo uma pela outra e agem com base nisso estão prejudicando quem, exatamente?
Quem considera a homossexualidade imoral e, portanto, deseja ver os direitos dessas pessoas restringidos, tem a obrigação de encontrar uma resposta para isso. Não são os defensores dos direitos dos homossexuais que devem explicações à comunidade maior dos seres humanos pensantes, mas o contrário.
Por fim, voltando um pouco à questão bíblica: alguns exegetas mais sofisticados já concluíram que as condenações à homossexualidade na Escritura, em Levítico e nas cartas de Paulo, não se referem à prática em si, mas a um tipo de prostituição ritual praticada em honra de deuses pagãos. Ou seja, o que temos não é YHWH fiscalizando o que cada um faz com as partes pudentas, e sim tendo apenas mais uma das inúmeras crises de ciúme tão exaustivamente documentadas no Velho Testamento.
Em seu artigo The Husband of One Husband, o teólogo Robert M. Price pondera:
Romanos 1:27 condena homens que, contra suas inclinações, têm relações com outros homens, mas não é disso que trata a homossexualidade moderna. Pelo contrário, ser gay é obedecer às inclinações de ser atraído pelo mesmo sexo. Então, dá para dizer que Paulo está condenando os gays?
(Claro, a investigação dos limites e das interações entre o biológico e o cultural tem valor intrínseco; o que questiono aqui é o uso dos resultados dessas investigações na esgrima -- ou seria no pugilato? -- em torno dos direitos civis dos gays.)
Em seu romance The Forever War, escrito na ressaca da Guerra do Vietnã, Joe Haldeman fala de um soldado que, depois de passar séculos numa guerra, volta à Terra e descobre que, por conta de uma campanha maciça de propaganda do governo, toda a população tornou-se homossexual. Ele quase chega a seduzir uma mulher com tendências heterossexuais latentes, mas evita fazê-lo, para que ela não fique estigmatizada.
A ficção de Haldeman, escrita numa época em que a sexualidade humana era vista como perfeitamente maleável, explicita o fato de que a relação da cultura e da sociedade com a homossexualidade depende muito mais dos mores do momento do que de qualquer outra coisa.
Se nossa soi-disant civilização tem alguma vantagem nesse campo, é a capacidade de refletir criticamente sobre esses mores e sobre as tradições que os trouxeram até nós: matar e roubar têm consequências negativas óbvias, mentira e traição causam sofrimento em gente inocente, mas duas pessoas adultas e descompromissadas que sentem desejo uma pela outra e agem com base nisso estão prejudicando quem, exatamente?
Quem considera a homossexualidade imoral e, portanto, deseja ver os direitos dessas pessoas restringidos, tem a obrigação de encontrar uma resposta para isso. Não são os defensores dos direitos dos homossexuais que devem explicações à comunidade maior dos seres humanos pensantes, mas o contrário.
Por fim, voltando um pouco à questão bíblica: alguns exegetas mais sofisticados já concluíram que as condenações à homossexualidade na Escritura, em Levítico e nas cartas de Paulo, não se referem à prática em si, mas a um tipo de prostituição ritual praticada em honra de deuses pagãos. Ou seja, o que temos não é YHWH fiscalizando o que cada um faz com as partes pudentas, e sim tendo apenas mais uma das inúmeras crises de ciúme tão exaustivamente documentadas no Velho Testamento.
Em seu artigo The Husband of One Husband, o teólogo Robert M. Price pondera:
Romanos 1:27 condena homens que, contra suas inclinações, têm relações com outros homens, mas não é disso que trata a homossexualidade moderna. Pelo contrário, ser gay é obedecer às inclinações de ser atraído pelo mesmo sexo. Então, dá para dizer que Paulo está condenando os gays?
"Romanos 1:27 condena homens que, contra suas inclinações, têm relações com outros homens, mas não é disso que trata a homossexualidade moderna. Pelo contrário, ser gay é obedecer às inclinações de ser atraído pelo mesmo sexo. Então, dá para dizer que Paulo está condenando os gays?"
ResponderExcluirSó eu achei isso um malabarismo retórico rasteiro só pra tentar justificar a bíblia?
Oi, Fabiana! Cá entre nós, eu também costumava achar que as tentativas de ler a Bíblia de modo não-homofóbico eram uma forçada de barra... Mas depois me ocorreu: qual leitura da Bíblia não é uma forçada de barra? :-)
ResponderExcluirVerdade, mas o problema mesmo é que: se esta interpretação estiver certa, então um relacionamento heterossexual forçado de acordo com a bíblia ("contra suas inclinações") pode, mas um relacionamento homossexual nas mesmas condições, não? Porque é isso que tá lá em Deuteronômio 22:20-29.
ExcluirAh, é mesmo, essa regra só vale se você for mulher, que cabeça a minha!
Peraí, Fabiane: agora você tá querendo consistência? Então a Bíblia certamente é o livro errado! :-)
ExcluirUm ponto que os exegetas mais "relativistas" como o Price tentam fazer é o de que citações fora de contexto podem ser apropriadas por qualquer tipo de postura ética ou ideológica -- e, como o contexto original dos textos da Bíblia se perdeu (as próprias palavras mudaram de ênfase e de sentido ao longo dos séculos, ao ponto de os autores de um livro mais recente não saberem exatamente do que o autor do livro mais antigo que citavam queriam dizer) então realmente "anything goes".
A interpretação bíblica seria, então, uma espécie de realização do sonho dos pós-modernos, um texto onde qualquer um pode legitimamente ler qualquer coisa.
Não sei se concordo com isso, mas é um exercício interessante...
Bahktin dá duplo twists carpados no túmulo nessa hora. :D
ExcluirEu pessoalmente me preocupo muito com um dos erros enumerados mas não citados dessa estratégia. Se uma característica natural é considerada indesejada, com mais ou menos tempo encontra-se um tratamento para ela.
ResponderExcluirExplico: hoje temos óculos para míopes. Ninguém condena o míope, mas ele não quer ser assim e usa óculos para enxergar. O mesmo vale para uma prótese de um membro faltante ou amputado. Já fazemos correções cirúrgicas de outras anomalias. Até aí, todo mundo concorda.
Mas quando surgir o tratamento genético, e não estamos longe disso, o caldo vai entornar. Eu tomaria uma injeção para curar meu astigmatismo congênito, e não vejo problemas em se curar um diabetes assim. Mas quando surgir a "injeção dos gays" teremos problemas sociais sérios. Pessoas procurarão esse tratamento por acreditarem falsamente que o que fazem é errado. E quando a injeção falhar, hein ?
A estratégia de "não é uma escolha" é, sim, péssima por diversos outros motivos também. Apenas quis mencionar este.
Oi, Norson! A questão teórico-ética da "cura" é bem complicada, e merece uma abordagem à parte, porque entra no problema da liberdade de escolha: e se a pessoa quiser mudar de orientação (nos dois sentidos -- se um heterossexual quiser virar homossexual também vale) e houver os meios técnicos para fazer isso, o procedimento seria ético? Se não, por quê? Chantagem social é a única coisa que poderia levar alguém a buscar um procedimento desse tipo, ou a decisão poderia ser autônoma e, portanto, válida? É um espinheiro interessante. Vale um romance de ficção científica.
ExcluirChantagem social...
ResponderExcluirUm homem com uma mente brilhante, que a meu ver foi um dos grandes heróis da Segunda Guerra cometeu suicídio pela pressão social (Parece que homossexualismo era ilegal no Reino Unido) da época. A saber: Alan Turing.
No último domingo foi ao ar uma entrevista do líder religioso Silas Malafaia no programa De Frente com Gabi. Eu, particularmente, o considero um dos poucos religiosos midiáticos para se encarar em debates sérios, mas mesmo assim ele perde os argumentos (sendo que o mesmo se gaba por ter vários na manga): Em um trecho a entrevistadora indaga sobre adoção por casais homossexuais. Ele se defendeu dizendo que uma família não pode ser completa e ter resultados positivos nesse quadro. Quando a entrevistadora pede uma explicação a resposta é: "Espera uns trinta anos pra você ver"
Parece que uma vida inteira em um orfanato deve ser muito melhor do que ter o amor dobrado de dois pais ou duas mães.
MMO
"Pressão social" não é a descrição correta. Turing foi processado criminalmente e recebeu as opções de ir para a prisão ou submeter-se a um tratamento hormonal para "corrigir" sua orientação sexual. Ele escolheu a segunda opção, recebeu injeções de hormônios que causaram vários transtornos físicos e mentais.
ExcluirSua morte é considerada hoje como provável suicídio, embora não com 100% de certeza. Especula-se que ele voluntariamente planejou uma forma de fazer o suicídio parecer um acidente, para poupar sua família de mais um escândalo.
Por pensamentos rasos como estes escritos aqui é que tenho medo de dizer que sou protestante. Nunca vi tanta bobagem escrita sobre esse tema. Um lixo de texto esse seu, que só propaga pensamentos com argumentação rasteira. Vai se informar direito antes de começar a escrever, por favor, e não deturpe o que não sabe.
ResponderExcluirEssi comentáriu foi tãu boum como pintar com lukscolor rs'
ExcluirO missivista poderia ter a bondade de perder menos tempo com agressividade e usá-lo mais para dizer exatamente onde estão os "pensamentos rasos", as "bobagens", a "argumentação rasteira" e assim por diante.
ExcluirSaulo, você não deveria ter medo de dizer que é protestante, e sim vergonha. Onde estão os SEUS argumentos?
ResponderExcluirChegar aqui e despejar um monte de nomes feios é fácil, refutar a lógica do artigo é que são elas, tanto que você preferiu se acovardar.
lamentável.
Aguardo ansiosamente os argumentos profundos do Saulo Neves... e concordo com o colega acima... é preciso ter vergonha (muita) para se dizer protestante. Mas o que mais me intriga é como os crentes têm tempo de sobra. Além de gastarem seu precioso tempo (que poderia ser gasto ajoelhando no milho) vindo aqui ler coisas que, por serem inteligentes, irão contra suas religiões... ainda encontram tempo para exercitar a pretensão de supor que serão levados a sério com seus comentários (que não comovem seres com cérebro). Mas vamos lá Saulo, me surpeenda...
ResponderExcluirArgumentos como este do Saulo
ResponderExcluirVai se informar direito antes de começar a escrever
são comuns em situações como essa. É generalizada a prática de exigir que um ateu, para criticar qualquer coisa na religião, deve antes estudar profundamente não só a bíblia, mas a obra de Santo Agostinho, Tomás de Aquino, Bento 16, Silas Malafaia e mais alguns.
Mas quando um religioso despeja impropérios sobre os ateus, experimente perguntar se ele leu algo de Hitchens ou Dawkins, por exemplo.
O que mas me deixa leso é a forma natural como eles falam essas coisas,como se homofobia fosse algo tão logico e legitimo, uma causa nobre.
ResponderExcluirFaltou apenas dizer que, ao colocar a homossexualidade como um fato geneticamente determinado, o movimento gay abre a possibilidade de se legitimar a "cura" da homossexualidade através da terapia genética. Se é possível curar com esta vários problemas genéticos, será possível também modificar a orientação sexual, sendo ela genética? Ética à parte, temos aí a semente de muita coisa.
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