Evolução parece premiar quem coopera

Traição e perfídia são estratégias condenadas ao fracasso – no longo prazo. A conclusão, que pode produzir alguns suspiros de alívio (ao menos em quem não for cínico o bastante para se lembrar da frase de John Maynard Keynes, “no longo prazo estaremos todos mortos”), aparece não num trabalho de filosofia, mas de biologia evolutiva, publicado em 1° de agosto no periódico online Nature Communications, do grupo Nature. Os autores, da Universidade Estadual de Michigan, debruçaram-se sobre um surpreendente resultado da Teoria dos Jogos, divulgado em 2012. O teorema apresentado ano passado demonstrava a existência de uma família de estratégias bem-sucedidas, baseadas em traição e extorsão, para o jogo conhecido como Dilema do Prisioneiro. (o resto você lê na coluna Telescópio, do Jornal da Unicamp).

Comentários

  1. Na verdade, o sucesso ou não da estratégia depende muito da condições. Esses jogos de tic-for-tat dependem dos valores de remuneração - a tabela de possibilidades.

    Mas a realmente longo prazo - a evolução não premia nem um caso em outro. Como a predominância de um ou de outro tipo (colaborador, enganador) altera os cenários de ganhos, há uma alternância ao longo do tempo.

    O importante é que aparentemente não existem estratégias infalíveis a curto prazo. E a seleção funciona só a curto prazo - ainda que as consequências sejam a longo prazo.

    []s,

    Roberto Takata

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