Complexidade "irredutível"
"Nunca consegui entender", disse Mr. Pond, "como uma mudança que deveria ter ajudado um animal, se acontecesse depressa, pode ajudá- lo se acontece devagar. E se acontece em seu tataraneto, muito depois de passada a hora de o animal ter morrido sem sequer deixar netos. Poderia ser uma vantagem se eu tivesse três pernas, digamos, para me apoiar em duas enquanto chuto um burocrata com a terceira. Poderia ser melhor se eu tivesse três pernas; mas não seria melhor se eu tivesse apenas uma perna rudimentar (...) até que seja longa o bastante para correr ou escalar, a perna seria apenas um peso extra".
Este é, numa versão usada pelo escritor G.K. Chesterton (1874-1936), o argumento criacionista da "complexidade irredutível". Entenda por que ele não funciona, no Olhar Cético da Revista Galileu.
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