Seca e superpopulação urbana acabaram com o Império Assírio
Fiz a nota abaixo para a coluna Telescópio, do Jornal ad Unicamp, em novembro passado. Por alguma razão, achei que valia a pena destacá-la aqui, agora, chamando principalmente a atenção dos leitores paulistas:
Os autores do novo artigo, baseados nos Estados Unidos e na Turquia, associaram informações sobre o clima da época ao conteúdo de uma carta escrita por um astrólogo ao rei, informando que “não houve colheitas” no ano de 657 AEC. Dados paleoclimáticos corroboram o informe do astrólogo, e análises dos padrões de clima da região indicam que a seca de 657 foi apenas uma em uma série que se estendeu por vários anos. Além disso, a população de cidades como a capital, Nínive, teria sobrecarregado ainda mais a economia.
“Não estamos dizendo que os assírios de repente morreram de fome ou foram forçados a fugir das cidades e vagar pelo deserto”, disse, em nota, um dos autores do artigo, Adam Schneider, da Universidade da Califórnia em San Diego. “Estamos dizendo que a seca e a superpopulação afetaram a economia e desestabilizaram o sistema político até o ponto em que o império não era mais capaz de conter a desordem interna e a agressão de outros povos”.
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