Vamos estudar a Bíblia?
Foi tão traumático que me lembro disso até hoje: a única vez, no meu tempo de estudante da USP, em que uma jovem bonita e desconhecida tomou a iniciativa de puxar conversa comigo foi para me convidar para um grupo de estudo bíblico. Em minha defesa, digo que resisti bravamente.
Não que a Bíblia não possa ser um objeto de estudo fascinante -- como, por exemplo, a Ilíada ou o Épico de Gilgamesh. O problema é que, quando o livro é abordado com um viés religioso, o resultado é um raciocínio circular: cada leitor encontra lá exatamente o que já trazia consigo, ou seja, seu próprio sabor peculiar de cristianismo.
Isso não significa, no entanto, que não existam estudos sobre a Bíblia que se valem das mesmas ferramentas filológicas, históricas e arqueológicas a que outros grandes textos da Antiguidade são submetidos. Só o que significa é que esses estudos têm muito pouca divulgação.
Por exemplo, desde o século XVIII que estudiosos reconhecem que os Evangelhos de Mateus e Lucas são expansões do texto de Marcos. Não, veja bem, narrativas da mesma história com outras palavras (como reportagens de diferentes jornais sobre um mesmo evento), mas expansões do texto: cópias ampliadas de um núcleo único original. Esse núcleo seria formado por dois documentos: o Evangelho de Marcos e uma hipotética antologia de sermões e máximas de Jesus, hoje perdida, mas chamada de "Q" (de Quelle, ou "Fonte", em alemão).
O argumento para a derivação de Mateus e Lucas de Marcos é bem simples e direto: abundam os casos de "copy-paste"; Mateus e Lucas praticamente nunca concordam entre si contra Marcos, mas há vários casos de Mateus e Marcos concordando contra Lucas e de Marcos e Lucas concordando contra Mateus -- o que sugere que alguns episódios do original de Marcos foram copiados mais fielmente por um ou outro evangelista. Em conjunto, Mateus e Lucas reproduzem todos os versículos de Marcos, menos 31; Mateus inclui 92% do texto de Marcos. Não os mesmos episódios narrados de modo diferente, mas os mesmos versos.
Já a existência de Q é deduzida por um raciocínio um pouco diferente: há trechos em que Lucas e Mateus parecem ter bebido numa fonte comum, mas que não aparecem em Marcos. Esses trechos raramente são narrativos -- geralmente contêm parábolas, frases de efeito, sermões. Além disso, eles aparecem nos dois evangelhos na mesma ordem: se, em Mateus, Jesus conta a parábola X e, só mais tarde, faz o sermão Y, em Lucas X também vem antes de Y, ainda que os episódios intermediários possam ser diferentes. A dedução que a maioria dos especialistas tira disso é de que os dois estavam copiando o material de uma fonte comum, e que a ordem foi herdada dessa fonte.
O mais interessante é que comparações entre Lucas e Mateus permitem reconstituir, até certo ponto, o conteúdo de Q. Por exemplo, nas beatitudes ("bem-aventurados os...", etc.), Mateus mostra Jesus abençoando pessoas que sofrem de dores morais: os pobres de espírito; os que têm fome e sede de justiça. Já em Lucas, Jesus abençoa os pobres e os famintos. Ponto.
Isso deixa em aberto, claro, a questão de quem, ora bolas, Jesus queria mesmo abençoar. Uma opinião é a de que Lucas -- dado o tipo de teologia que ele parecia preferir -- não teria deixado as expressões "de espírito" e "de justiça" de fora, se soubesse delas. Se não sabia, é porque não estavam em sua fonte. Logo, provavelmente foram embelezamentos acrescentados por Mateus. Logo, não constam de Q, e provavelmente não foram ditas por Jesus.
O exemplo evidencia os perigos desse tipo de análise para quem prefere a abordagem religiosa, mas também as vantagens para quem está interessado em reconstituir um momento muito importante da história da humanidade, e seus personagens. Esta abordagem não é nova: há tentativas de reconstituir Q desde a década de 1830, mas a gatinha do estudo bíblico provavelmente não sabia disso.
Ah, sim: um bom ponto de partida para quem quiser estudar a Bíblia são os livros de
Randel Helms e também Q, the Earliest Gospel: An Introduction to the Original Stories and Sayings of Jesus, de onde vem muito da informação desta postagem.
Tá, tudo isso é interessante, como de costume por aqui, Orsi. Fica, entretanto, um ponto obscuro:
ResponderExcluirE ai, comeu?
:)
Não, não... Percebi na hora que era um caso de "bait and switch" e pulei fora!
ResponderExcluirTem também as questões dos textos apócrifos e dos critérios utilizados para se afirmar quais textos seriam ou não do cânone.
ResponderExcluirAté por isso, a bíblia é um interessante objeto de estudo apenas se pudermos buscar outras fontes, porque o "sola scriptura" é extremamente falho.
A saída para as explicações religiosas (não exatamente de teólogos, mas dos religiosos da média) é interpretar como mistérios divinos e fica por isso mesmo. É onde a idéia primordial de não questionar a autoridade torna o movimento religioso nocivo.
E o evangelho de João, de onde saiu?
ResponderExcluirDa cabeça de João, seja lá quem tenha sido! :-)
ResponderExcluirPelo que pesquei na minha Oxford Bible, parece ter sido um cara que tinha acesso aos três anteriores, mas que mexeu de forma bastante liberal com o conteúdo deles, além de incluir um bocado de ideias próprias...
1)
ResponderExcluirPor séculos o cristianismo oficial, antes até d Constantino, perseguiu à morte todos q contestassem a historicidade do mito cristão, incluindo os próprios cristãos (dissidentes chamados cristãos professos, gnósticos, míticos etc todos considerados "heréticos", "anti-cristos", independente da corrente ortodoxa, católica ou posteriormente protestante à qual pertencessem), tentando apagar ou denegrir todos os mitos concorrentes q levam à genealogia do cristianismo no ocidente, já q no oriente mitos como os do Krishna védico ou do Budda já estavam por demais enraizados p/serem descartados e ignorados em função d 1 novo mito. Embora, claro tb não tenham sido poupados como fonte d inspiração pelo novo mito q surgia.
Já outros como o Mitrianismo, outro irmão mais velho do cristianismo, este sim mto popular em Roma nos 2 primeiros séculos do q depois veio a ser entendido como era cristã, ao lado do maniqueísmo e zoroastrismo, tb mto popular no primeiro milênio do calendário cristão; praticamente desapareceram como cultos populares, principalmente em função da perseguição feroz imposta pelos cristãos q não se envergonharam nem um pouco em inverter os fatos e baseados na própria intolerância p/forjar a Suposta perseguição à q teriam sido expostos na época em q o Mitrianismo e o Maniqueísmo, entre outras crenças existiam numa Roma tolerante do ponto d vista religioso. Aliás, tolerância e cristianismo oficial até recentemente nunca tinham se dado mto bem...
Curioso notar q os ardentes defensores da historicidade cristã, sejam estes crentes literais (independente da corrente católica ou protestante à q pertençam) Ou evemeristas, desconheçam até mesmo as citações da próprias enciclopédias do Vaticano ou a Protestante q já no séculos XVIII apontavam para, entre outras coisas, as incongruências históricas, as origens baseadas em outros mitos desprezadas e forjas d citações históricas feitas pelos primeiros "historiadores" cristãos sobre textos dos historiadores romanos q viveram na época e pouco depois na qual supostamente Cristo existiu. Citações q nos textos originais não existiam.
A expansão rápida e violenta do Islamismo no 7ºséculo do calendário cristão deve mto ao aprendizado c/o Cristianismo q ao longo dos séculos em termos d violência religiosa não perde pra ninguém, embora pose d vítima e libertador.
Não é à toa q, ao contrário dos primeiros tempos ainda hj orientais não monoteístas e judeus evitem o assunto na presença d cristãos literais.
Ninguém menos que uma autoridade eclesiástica cristã, no caso, o Bispo Warburton de Gloucester (1698-1779) classificou as citações tidas como de Josefus à respeito de Jesus como “falsificações grosseiras e primárias.” À exemplo de outras imprimidas pela Igreja católica entre os séculos 4 e 7 sobre textos d outros autores como Plíno, o Jovem, Tácito e Suetônio à fim d apresentar "argumentos" da existência d Jesus contra os dissidentes cristãos e os chamados evangelhos apócrifos.
Os textos d Flavius Josefus por ex. foram alvo da igreja católica pois este é o historiador do oriente próximo mais famoso da época à q se refere o mito cristão, especialmente porque ele escreveu durante o primeiro século. Seu pai, Matias, viveu em Jerusalem na época d Pilatos e certamente diria à seu filho historiador algo sobre os eventos estranhos e gloriosos descritos nos evangelhos oficiais, se estes houvessem realmente ocorrido... (Continua)
2) Continuação...
ResponderExcluirO próprio Josefus foi designado para a Galiléia durante as guerras judaicas e posteriormente estava em Roma na época alegada pelo oficialismo cristão q outra figura mítica cristã, Paulo d Tarsus, supostamente esteve qdo então teria despertado a ira das autoridades romanas sobre ele Paulo e a comunidade cristã q apesar d tão pouco tempo já teria chegado à Roma e se tornado influente à ponto d provocar a intolerância nos tolerantes (em assuntos religiosos) romanos.
Contudo, em toda a obra deste historiador, que constituem muitos volumes c/riqueza d detalhes, não há nenhuma menção de Paulo ou dos cristãos, e há somente dois breves parágrafos que se atribuem à Flavio e supostamente (por inferência dos cristãos literais) se refeririam à Jesus.
3)
ResponderExcluirConcluindo,
Só a custa d mtos séculos d perseguição os judeus foram, assim como outros grupos tiveram suas respectivas mitologias "emprestadas" à força pelo cristianismo literal oficioso, foram convencidos a achar conveniente calar suas críticas sobre a inconsistência da construção em q se baseava tal colcha d retalhos mitológica q ainda hj pretende ser histórica.
Assim como só hj parece renascer o cristianismo original, o professo, considerado herético pelos fundamentalistas por não aceitar a historicidade do Cristo já q, segundo os professos, desde o início, Cristo são vários e não apenas um, sendo Jesus apenas a face “moderna” d um/vários q já teve/tiveram e ainda terá/ão várias outras faces.
P/terminar é importante lembrar q as características básicas do Cristo ( salvador, pregador, dotado d poderes especiais, mártir, ressurreto etc ) se encontram Tanto mto antes do suposto período histórico deste, constante em várias figuras mitológicas, do egípcio Horus ao romano Mitra passando pelo hindu Krishna ( Índia aliás aonde o cristianismo literal e intolerante nunca teve vez ); Quanto em mitologias q cresceram isoladas d qq influência das já citadas, como a mitologia Azteca, cujas cidades p/espanto e fúria dos espanhóis tinham parte d inúmeras construções, muros e paredes cobertas c/ referências à vida e “calvário” d seus respectivos martíres míticos religiosos. Referências q não foram d todo destruídas.
“O cristianismo é uma colcha de retalhos de mitos antigos” Nietzsche
“Nasce um Deus. Outros morrem.
A Verdade nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.” Fernando Pessoa
Só se for "cristianismo católico" ROMANO, A PROSTITUTA DE APOCALIPSE 17.
ExcluirInteressante pq o livro de Marcos também é reconhecido pelo paralelismo de estruturas (como no evento dos Pães e dos Peixes).
ResponderExcluirNa verdade as cartas de Mateus, Lucas e Marcos, são três pessoas que assistiram o mesmo evento e o narram.
ResponderExcluirAcho um pouco esquisito quando as pessoas falam sobre a Bíblia sem nem ao menos terem lido. Não se pode discutir um livro sem ter lido.
A Bíblia é extremamente confrontadora, ela explicita as falhas humanas de um jeito super original.
E em vez de tentar refutar o irrefutável que tal experimentar.
A Bíblia traz ensinamento preciosíssimos e que se praticarmos seremos felizes.
Recomendo o livro de Eclesiastes na versão em NTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje, da SBB - Sociedade Bíblica do Brasil.
É uma linguagem bem mais fácil de assimilar.
A Débora engana-se achando que todos os contestadores da bíblia nuca a leram, eu mesmo já estava lendo-a pela quinta vez (com enciclopédia bíblica e um Mega dicionário como complemento dos estudos) quando a partir daí apostatei em favor da Razão, que me libertou dessa escravidão, que é a religião, este livro é todo contraditório e irracional, não apresenta evidências nem provas do que se escreveu ali...
ResponderExcluirÉ simples saber o porquê de dizedr que a Bíblia é irracional e contraditória: o Cristianismo não é para os que vivem da razão e intelectualidade. Cristianismo é fé. Simples assim.
ResponderExcluira minha fé e baseada na razão assim como a sua
ExcluirOra, se "o Cristianismo não é para os que vivem da razão e intelectualidade" então ele é irracional e, assim sendo, acaba envolvendo-se necessariamente em contradições, como necessariamente se envolve em contradições tudo que não respeita a razão. Alias, se a fé exige o abandono da racionalidade então ela desdenha daquilo que nos diferencia das outras criaturas. Por que esse desperdício? A nossa própria sobrevivência depende quase totalmente da nossa racionalidade. Se em todas nossas escolhas e decisões da vida precisamos usar o cérebro racional que temos, por que quando a decisão ou escolha envolve importantes questões lógicas sobre a Bíblia devemos colocar o cérebro num cofre e agirmos como se fôssemos acéfalos? Então Deus teve o trabalho de instalar um cérebro fantástico em cada ser humano para que ele não o use justamente em um momento dos mais importantes que é decidir sobre alegações religiosas as quais, aceitas ou não, afetará sua vida para sempre?
ResponderExcluir(1)
ExcluirA palavra "fé" é usada no
cristianismo em dois sentidos, ou em dois níveis, e tratarei primeiro de um deles e depois do outro. No primeiro
sentido, significa simplesmente a crença - aceitar ou considerar verdadeiras as doutrinas do cristianismo. Isso é
bastante simples. O que provoca confusão nas pessoas - pelo menos provocava confusão em mim - é que os
cristãos consideram a fé, nesse sentido, uma virtude. Eu queria saber como ela poderia ser uma virtude - o que
existe de moral ou imoral em acreditar ou não acreditar num conjunto de princípios? Eu costumava dizer: é
óbvio que todo homem são aceita ou rejeita uma determinada afirmação não por querer, mas por haver provas
que a confirmem ou refutem. Se ele se enganar sobre as provas, isso não fará dele um homem mau, apenas um
homem não muito inteligente. Se ele achar que as provas indicam que a afirmação é falsa, e mesmo assim tentar
acreditar nela, isso será mera estupidez.
Bem, ainda sou dessa opinião. O que eu não via então — e muita gente ainda não vê — é o seguinte: eu
supunha que, a partir do momento em que a mente humana aceita algo como verdadeiro, vai automaticamente
continuar considerando-o verdadeiro até encontrar um bom motivo para reconsiderar essa opinião. Na verdade,
eu partia do pressuposto de que a mente é completamente regida pela razão, o que não é verdade. Vou dar um
exemplo. Minha razão tem motivos de sobra para acreditar que a anestesia geral não me asfixiará e que os
cirurgiões só começarão a operar quando eu estiver completamente sedado. Isso, porém, não altera o fato de que,
quando eles me prendem na mesa da operação e me cobrem a face com sua tenebrosa máscara, um pânico
infantil toma conta de mim. Começo a pensar que vou me asfixiar e que os médicos vão começar a cortar meu
corpo antes que eu perca a consciência. Em outras palavras, perco a fé na anestesia. Não é a razão que me faz
perder a fé: pelo contrário, minha fé é baseada na razão. São, isto sim, a imaginação e as emoções. A batalha se dá entre a fé e a razão, de um lado, e as emoções e a imaginação, de outro.
Quando você pára para pensar, começa a lembrar de vários exemplos como esse. Um homem tem provas
concretas de que aquela moça bonita é uma mentirosa, não sabe guardar segredos e, portanto, é alguém em quem
não se deve confiar. Entretanto, no momento em que se vê a sós com ela, sua mente perde a fé no conhecimento
que possuí e ele pensa: "Quem sabe desta vez ela seja diferente", e mais uma vez faz papel de bobo com ela,
contando-lhe segredos que deveria guardar para si. Seus sentidos e emoções destruíram-lhe a fé em algo que ele
sabia ser verdadeiro. Ou tomemos o exemplo do garoto que aprende a nadar. Ele sabe perfeitamente bem que o
corpo não vai necessariamente afundar na água: já viu dezenas de pessoas boiando e nadando. Mas a questão
principal é se ele continuará crendo nisso quando o instrutor tirar a mão, deixando-o sozinho na água -ou se vai
repentinamente deixar de acreditar, entrar em pânico e afundar.
A mesma coisa acontece no cristianismo. Não quero que ninguém o aceite se, na balança da sua razão, as
provas pesarem contra ele. Não é aí que entra a fé. Vamos supor, entretanto, que a razão de um homem decida a
favor do cristianismo. Posso prever o que vai acontecer com esse sujeito nas semanas seguintes. Chegará um
momento em que receberá más notícias, terá problemas ou será obrigado a conviver com pessoas descrentes;
nesse momento, de repente, suas emoções se insurgirão e começarão a bombardear sua crença..
(2)
Haverá, além
disso, momentos em que desejará uma mulher, sentir-se-á propenso a contar uma mentira, ficará vaidoso de si
mesmo ou buscará uma oportunidade para ganhar um dinheirinho de maneira não totalmente lícita; nesses
momentos, seria muito conveniente que o cristianismo não fosse a verdade. Mais uma vez, suas emoções e
desejos serão artilharia pesada contra ele. Não estou falando de momentos em que ele venha a descobrir novas
razões contrárias ao cristianismo. Essas razões têm de ser enfrentadas, e isso, de qualquer modo, é um assunto
completamente diferente. Estou falando é dos meros sentimentos que se insurgem contra ele.
A fé, no sentido em que estou usando a palavra, é a arte de se aferrar, apesar das mudanças de humor, àquilo
que a razão já aceitou
(3)
Excluirum jeito ou de outro. E por isso que a fé é uma virtude tão necessária: se não colocar os humores em seu devido
lugar, você não poderá jamais ser um cristão firme ou mesmo um ateu firme; será apenas uma criatura hesitante,
cujas crenças dependem, na verdade, da qualidade do clima ou da sua digestão naquele dia.
ao Fim espero ter trazido uma reflexão um pouco mais coesa em relação ao Comum Sense que se tem de "fé" seja ela "Religiosa" ou não.
ExcluirA Bíblia não é contraditória, mas é preciso saber uma coisa para poder afirmar isso:
ResponderExcluirQue Nela há duas Religiões.
Uma que está ultrapassada, mas permanece Nela porque serviu de base para a outra, entretanto, a mais uma razão acima disso pelo o qual esta religião ultrapassada permanece Nela; porque tem a sombra das coisa que ainda virão no novo mundo. Quem já leu Gálatas e Hebreus e guardou o que nessas cartas leram, sabem do que estou falando.
Por fim, essa outra Religião baseada na já citada, que embora o mundo não se apercebeu disso, Ela se chama CRISTO JESUS, como está escrito: “Eu Sou o Caminho, A Verdade e A Vida... Ninguém vem ao Pai se não por mim”. No entanto o mundo não tem entendido isto. Não tem se apercebido no que quer dizer de fato esta Palavra dita por JESUS. O mundo aceitou a enganação e enganado tem para si um Jesus que julga ser o único Deus. Com isto o Verdadeiro JESUS, ao invés de ser a Religião por Onde O DEUS que é O PAI Dele deve ser Adorado _ fazendo jus ao que o próprio JESUS disse que Ele é _ fica obscurecido e assim sua glória e a do DEUS Nele que é o PAI fica substituída no conhecimento da humanidade, já que JESUS passou a receber a adoração como sendo o único Deus trínico, quando a perfeita adoração devia ser dada Nele ao PAI DELE. Essa era a Realidade no Puro Cristianismo Santo Apostólico.
Em resumo:
Na Bíblia há duas Religiões:
Antigo judaismo, também chamado de Lei, e Antigo Cristianismo.
Antigo Cristianismo, porque como já visto aqui o cristianismo praticamente em geral no mundo é pagão, ou seja, demoníaco, porém, muito bem disfarçado de santo. Isto porque após a partida completa de JESUS na Sua Intensidade, ou seja, como CRISTO e o significado Bíblico de CRISTO deve ser conhecido aqui, viria, conforme dito por Ele mesmo, o príncipe deste mundo que é apartado Dele e que os próprios Apóstolos chamaram de anticristo que assumiria o cristianismo de forma tal _ após as partidas Deles deste mundo _ ao ponto do mundo todo acreditar que ainda estão fielmente sendo cristão, embora não são. Quem já leu 2ª Timóteo 4, 2ª Tessalonicenses 2, Evangelho de João quase no finalzinho e guardou o que leu sabe do que estou falando.
Antes porém, quero deixar claro que o antigo judaísmo descrito na Bíblia, ou seja, a Lei é Santa e isto porque tem as promessas e a base do Messianismo, ou seja, do Cristianismo, também do futuro após o Cristianismo e mostra como o homem passa a ser arrogante ao lidar com o próximo se favorecido pelo O DEUS.
_CRISTO significa: Ungido a Rei que Governa através dos Súditos, que no casso eram seus Apóstolos, quamdo se tem a própria Bíblia como dicionário das coisas escritas Nela_
Raciocínio circular é para os fracos. Tudo o que eu entendi que você disse se baseou numa única frase: "A Bíblia diz que é verdadeira porque a Bíblia diz que é. Logo ela é verdadeira" WTF???
ExcluirAmigos Crentes, entendam o meu raciocínio...O Homem-Aranha existe! Leiam Amazing Fantasy 15 (1962),Marvel comics.... lá conta toda a origem dele e todos os males que ele sofreu para ser herói, como foi picado por uma aranha radiativa, perdeu seu tio, etc. Não é possível que um personagem com tantos anos de vida e com pessoas que o seguem pelo mundo todo não exista. Eu os desafio a provar que ele não existe.
ExcluirEssas analogias da bíblia com os quadrinhos são hilárias, trás a tona o ridículo que é ter um livro ficcional como literal.
ExcluirCara, você tá tentanto me dizer que o homem aranha não existe seu herege? Vai sofrer nas mãos do duende verde quando precisar dele...
ExcluirOrsi,
ResponderExcluirLi outro dia em algum lugar (desculpem a imprecisão, mas Alzie não é mito...) que nosso cérebro foi moldado pela evolução a necessitar de uma crença religiosa. Ou seja, acreditar em Deus é tão necessário quanto ser competitivo, ter desejos sexuais e outras características evolutivas.
Se assim for, nós, os céticos, são uma espécie em extinção.
Ai que mêda...
Sabe o que é mais interessante: céticos, ateus e os que caminham pela estrada da deisificação da ciencia, autoafirmação do eu sobre tudo e todos e do conhecimento, que dizem que o importante é ter "mente aberta ao conhecimento" e demais assuntos, querem a todo instante e de toda forma demonstrarem que Deus, Jesus ou qualquer divindade é invenção de domínio e poder sobre os "incautos". Tudo bem, pode até ser, no entanto, o que eu gostaria de saber, já que não faço parte desta "seleta classe" de "iluminados" e sim da ralé intelectual, qual a razão verdadeira de quererem a todo custo convencer a outros de suas "iluminações intelectuais" ?
ResponderExcluirNo caso, seria para assumir o controle e poder tirando-o dos mitos, deuses,etc... os quais combatem tanto e fazerem o mesmo que eles ? Desculpem-me, mas da mesma forma que querem que não creiamos só porque se autointitulam "senhores da verdade" e aqui vou usar de uma máxima de voces mesmos: me dou o prazer da dúvida de suas reais intenções. O que não dá para entender de forma alguma senhores é que dizem que houve "lavagem cerebral", que houve através do mito evangelistico e domínio da Igreja, etc... , no entanto esquecem-se senhores de que não são os únicos a procurarem a estudar e procurar a verdade, ou seja, não sois a "raça eleita da ciencia ou do conhecimento" já que estes estão disponíveis a quem quer seja e deseja se aprofundar na busca dos mesmos. Portanto, não venham dizer que sois a verdade. Aliás, conheço um dito que reflete bem a situação: Existe a minha verdade, a sua verdade, no entanto, existe a verdade que nem é minha e nem sua.
Meu caro(a), pelo simples fato que o conhecimento e busca pela verdade nunca devem ser vetados. Todas as crendices e pseudociencias e tudo que vem do "isto é uma verdade irrefutável" devem ser contestadas e repudiadas, pelo simples fato de que, historicamente, isso causou um mal a humanidade enorme, vide o holocausto. Por isso mesmo, devemos ser "iluminados" por nossos pensamentos lógicos e raciocinio livre de vícios ideológicos e religiosos. "Penso, logo existo"
ExcluirPrimeiramente gostaria de dizer, o que para voce é uma crendice para outro pode não ser e, o que voce defende como verdadeiro, esse sim pode ser uma crendice. O que eu quero que voce entenda é que, só porque voce acha uma coisa, isto não quer dizer que seja. Voce disse que deve questionar o que voce chama de "crendices e pseudociencias", no entanto, voce já parou para pensar até que ponto aquilo que voce acredita realmente é verdadeiro e não uma crendice ou pseudociencia? Voce acredita porque leu, estudou, disseram, mas voce viu, experimentou ou conviveu tudo o que aprendeu? Parou para pensar o quanto de inverdades nos foram colocado durante os vários anos em que vivemos? Será que tudo o que foi dito realmente aconteceu ou, como dizem da Bíblia, foram inventados e como não estávamos lá fomos obrigados a engolir? Digo isto porque quantas e quantas histórias foram contadas de uma forma e a verdadeira razão foi escondida.
ExcluirIsso não é privilégio da Bíblia. Ou voce é tão inocente que não sabe disso e acredita em tudo aquilo que foi contado? Exemplo: Estados Unidos invadiram o Iraque porque foram encontradas evidencias de supostas armas nucleares; até hoje, nunca se encontrou as tais armas nucleares. Entendeu o que quero dizer? Portanto, não é só o que voce acha que é "crendice ou pseudociencia", que se deve contestar mas também até aquilo que voce acredita deve ser questionado pois senão voce não será nada diferente daqueles os quais voce acha que sejam, digamos "inocentes". Só mais uma coisa, históricamente, tanto ciência quanto religião, fizeram mal a humanidade pois são compostos por pessoas e onde há pessoas há interesses pessoais em jogo. Portanto, se quiser contestar, faça isto pois é o que nos move como ser humano para seu crescimento pessoal, no entanto, "a água que bate lá, bate cá", ou seja, até aquilo que voce acredita que seja verdade, conteste pois talvez voce esteja defendendo apenas mais uma crendice.
Quantos apelos a ignorância tem nesse comentário? Desafio alguém contá-los. Huahuahua
ExcluirSeguindo seu raciocínio: Acreditar que exista um ser supremo e que criou todas as coisas que existe ao nosso redor inclusive a nós mesmos é se curvar ao anti raciocínio e não exercer o livre arbítrio. Se curvar ao que dizem e não ter raciocínio próprio é apologia a submissão e curvar-se ao domínio de outros que se dizem donos da verdade e é isso que num país sem investimentos em educação se presta. Se você se coloca contra ou subverte a idéias deusísticas será excluído e tido como sem raciocínio pra não usar a palavra louco.
ExcluirCrer que exista um deus ou deuses é algo extraordinário e que não fazer parte desta crença é imoral e visto com discriminação por aqueles que creem. Sou classificado desta forma sempre que expresso minha opinião neste campo e já sofri muito com isso em todo lugar. Ou seja, não posso exercer meu livre arbítrio mas eles podem né?
Prezados, acabei de postar um comentário. Porque: Seu comentário estará visível depois de ser aprovado.
ResponderExcluirComo quereis que creiamos que haja fidelidade em suas intenções pois o que pregam de que deve haver liberdade no conhecimento ou liberdade de expressão e de pensar e no entanto um comentário é obrigado a passar pela vossa censura ? Que discrepancia, hein.
Censura nenhuma, Anônimo. Trata-se apenas de um filtro para distinguir manifestações pertinentes ao asunto, como a sua, de spams, propaganda e agressões de baixo calão.
ExcluirObrigado Carlos, pois seria muito triste se fosse diferente.
ResponderExcluirPois também creio que toda manifestação deve ser através de idéias, sem ofensas e que permitam expor unicamente o modo de pensar e assim colocar à disposição para que outros possam também opinar pois como já disse, não somos donos da verdade, simplesmente a buscamos para tentar não sermos presas de idéias alheias.
Oi.
ResponderExcluirBom, esse é meu primeiro comentário sobre o Assunto "Bíblia".
Vamos lá...!
Em primeiro lugar, a Bíblia, é um libro escrito a gerações! Não está no presente, e não esteve no passado, muito menos, estará no futuro, para "Provar a existência de Deus, ou a Encarnação do Verbo". Evidente que mostra a crença de um povo, sobre um Deus... E relata a Encarnação do Verbo. mas o "Jesus histórico" é realmente provado, e isso de fato, não se pode negar! Todavia, o "Jesus Salvador" ou "Jesus Deus Conosco (Emanuel)" são claras evidências de demonstrações de fé. Não espero que acreditem, pois aquele que acredita em Deus, não é necessário, nenhuma explicação; para aqueles que não acreditam, nenhuma explicação é possivel!
Nunca li tantas às neras, escreveu, escreveu e não disse nada. As mitologias gregas e egípcias também foram escritas a gerações e muito, mas muito mais, antigas que a bíblia. Loga, podemos concluir que as mitologias gregas e egípcias são verdadeiras e todo resto é mentira. Essa ladainha de que a existência de Jesus, o cristo, foi provada já cansou.
ExcluirAnônimo. Alguma vez voce foi ao açougue para comprar pão? Creio que não pois não é o lógico. Querer buscar na Bíblia a existencia concreta do Jesus pessoa, talvez até encontre, mas não é esta a finalidade da Bíblia, ela nunca teve a finalidade de descrever a história, isto é para a ciência, embora haja abordagens históricas. O mesmo seria buscar na ciência a comprovação de quanto pesa ou quantos metros tem um pensamento, um sentimento,(isso até me lembra um filme que assisti "Mãos que Curam": um médico pede a seus pacientes, numa escala de 0 a 10 em que escala estaria sua dor)não tem como fazer comparações pois são parâmetros bastante distintos, portanto, não vá comprar pão em acougue, vá a uma padaria, ou seja, não busque na ciência resposta onde se tem parâmetros imensuráveis e nem na Bíblia que ela traga a história da humanidade. Algumas coisas se explicam naturalmente através da ciência mas nem tudo ela pode explicar, como o ser humano, também a ciência é limitada e até ela tem seus "mitos e lendas"(ex.: Números imaginários,probabilidades, Teoremas ou Teorias). Ví que voce colocou uma raciocínio lógico através de comparações entre a Bíblia e as mitologias gregas ou egípcias. Diz o filósofo: "Penso, logo existo". É assim também que você comprova a sí mesmo sua existencia ou existe outra forma? Estou fazendo essa colocação para entender até que ponto você se coloca perante as situações existenciais de qualquer ser humano, lembre-se, como voce comprova a sí mesmo que você existe.
ExcluirAs operações matemáticas que se referem as incógnitas são lógicas porque nelas se tem as respostas das operações ou seja, um resultado lógico e exato. Já nas escrituras bíblicas são incógnitas ocultas e com teor ilógico e irracionais pra não dizer extraordinários. Só para ilustrar o que digo: lembro-me de quando era criança numa família de pais separados e num âmbito sem lei onde não entendia desmandos e absurdos impostos por minhas irmãs de mais idade diziam que se eu não obedecesse suas ordens havia um carro do juizado de menores de plantão esperando na rua de baixo a minha casa pra me levar definitivamente e isso me deixava apavorado. Curioso como sempre fui certa vez me enchi de tantas conversa fiada e fui no local pra ver se era verdade e constatei a mentira. Por este e muitos outros motivos sempre fui taxado como rebelde e teimoso no seio familiar e isso afetou meu convívio com amizades na época e afeta até os dias de hoje.
ExcluirNunca aceitei me curvar ou me submeter a mandos e desmandos que não vem de encontro a meus ideais de respeito ao próximo e injustiças sofri até me aceitar desta forma.
Se realmente existe ou existiram deuses então papai noel existe, o superman, o homem aranha e mais incrível de todos... O quarteto fantástico.
COMO É BOA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO!!!EU VEJO A BÍBLIA COMO A VIDA. POIS TEMOS O PODER DE ACEITAR VIVER COM ELA,VIVER PARA ELA OU VIVER SEM ELA.UM GRAANDE!!!! ABRAÇO A TODOS.
ResponderExcluirEU VENHO A BÍBLIA COMO A MAIOR DAS MENTIRAS!
ResponderExcluirBem, o que eu sei é q cristo poderia ter aparecido, claro, se fosse um só. Na nossa época onde existe tecnologia para guardar e comprovar momentos históricos. Parece tolice mas para mim, qualquer coisa que se diz divina e precisa de fé para existir. De divina não tem nada.
ResponderExcluirOlha,a questão é o seguinte:As contradições da biblia são gritantes e isso não dá mais pra esconder. Agora se ela foi realmente inspirada por um deus infalível, por que então é tão falha e imprecisa ? Por outro lado,por se tratar de uma crença que se tornou tão popular mundialmente e cuja influencia sobre a vida de boa parte da humanidade é grande, é sensato que se discuta mais essa cultura e suas e mitos. Até que ponto faz bem ou mau a humanidade ? Só pra se ter uma idéia do que estou falando, vejam a questão do apedrejamento: Em certas regiões de países musumanos mulheres indefesas ainda morrem dessa forma porque quando o evangelho disse que Deus mandou fazer isso legitimou esse ato, e assim o perpetuou. A propria escravidão sustentava - se moralmente na blíblia.
ResponderExcluirli tudo isso ,e gostaria de fazer uma simples pergunta , se vcs ceticos estivessem em uma grande enrascada e seu fim fosse a morte, qual seria suas ultimas palavras ? pelo menos uma vez na vida falem a verdade kkkkk
ResponderExcluirO que é a Bíblia ?
ResponderExcluirA Bíblia é a reunião deste conjunto ordenado de palavras da língua hebraica (incluindo alguns trechos em aramaico) com este conjunto ordenado de palavras da língua grega. Nada que existe noutras línguas é a Bíblia. O que existe noutras línguas (português, inglês, chinês) são traduções, todas feitas séculos depois de a Bíblia ter sido concluída. Por conseguinte, a Bíblia não é, por exemplo, a Vulgata, nem a tradução de João Ferreira de Almeida, nem a Versão Rei Jaime. Estas obras – muito valiosas, sem dúvida – são traduções. A Bíblia ficou completa no fim do 1º século da nossa Era.
A Bíblia não é um livro. Já existia antes de haver livros. Não se deve confundir a Bíblia (o conjunto ordenado de palavras) com o suporte em que se encontra a Bíblia ou parte dela. Tal suporte pode ser pedra, argila, papiro, velino, papel, tela de computador ou de celular, uma fita magnética, um disco, um arquivo mp3, ou, além de mais coisas, o cérebro humano (pois há pessoas que sabem a Bíblia de cor). A Bíblia é incorpórea e, por isso, incorruptível. Em contraste com ela, os suportes em que a Bíblia se materializa ou se acha documentada são todos perecíveis.