Polígonos em Plutão
A região de Plutão conhecida informalmente como Planície Sputnik, localizada na parte equatorial do planeta-anão, é recoberta por uma capa de nitrogênio congelado recortada em curiosas formas poligonais com até 40 quilômetros de largura. O centro de cada polígono pode ser vários metros mais alto que as bordas. A origem dessas formas é discutida em dois artigos publicados na revista Nature.
O primeiro artigo, do grupo liderado por William B. McKinnon, da Universidade de St. Louis, aponta que camadas sólidas de nitrogênio com quilômetros de espessura devem sofrer convecção nas condições atuais de Plutão, tal como medidas pela sonda New Horizons, da Nasa. “Demonstramos numericamente que a reviravolta convectiva em camadas de nitrogênio sólido, com vários quilômetros de espessura, pode explicar a grande largura lateral” dos polígonos, diz o texto.
O segundo trabalho, de A. J. Trowbridge, da Universidade Purdue, reforça a tese de que é a convecção no interior das camadas de nitrogênio a causa dos polígonos, e não outro mecanismo, como a mera contração do gelo. “O diâmetro dos polígonos da Planície Sputnik e as dimensões das ‘montanhas flutuantes’ (as colinas de água congelada ao longo das arestas dos polígonos) sugere que o gelo de nitrogênio tem cerca de dez quilômetros de espessura. A velocidade estimada de convecção é de 1,5 cm ao ano, e indica uma superfície de apenas um milhão de anos de idade”, diz o artigo. (Esta e outras notas fazem parte da coluna Telescópio, do Jornal da Unicamp)
O primeiro artigo, do grupo liderado por William B. McKinnon, da Universidade de St. Louis, aponta que camadas sólidas de nitrogênio com quilômetros de espessura devem sofrer convecção nas condições atuais de Plutão, tal como medidas pela sonda New Horizons, da Nasa. “Demonstramos numericamente que a reviravolta convectiva em camadas de nitrogênio sólido, com vários quilômetros de espessura, pode explicar a grande largura lateral” dos polígonos, diz o texto.
O segundo trabalho, de A. J. Trowbridge, da Universidade Purdue, reforça a tese de que é a convecção no interior das camadas de nitrogênio a causa dos polígonos, e não outro mecanismo, como a mera contração do gelo. “O diâmetro dos polígonos da Planície Sputnik e as dimensões das ‘montanhas flutuantes’ (as colinas de água congelada ao longo das arestas dos polígonos) sugere que o gelo de nitrogênio tem cerca de dez quilômetros de espessura. A velocidade estimada de convecção é de 1,5 cm ao ano, e indica uma superfície de apenas um milhão de anos de idade”, diz o artigo. (Esta e outras notas fazem parte da coluna Telescópio, do Jornal da Unicamp)
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