Geada de gelo seco esculpe dunas de Marte
As dunas em torno do polo norte de Marte mudam ao sabor do vento – e da sublimação do gelo seco. A descoberta foi feita a partir de imagens obtidas pela câmera HiRise, a bordo da sonda NASA's Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da Nasa, há seis anos em órbita do planeta vermelho.
A paisagem marciana é fantástica – como qualquer leitor de Watchmen sabe -- e é especialmente intrigante por suas semelhanças com características e processos que temos também aqui na Terra. O Monte Olimpo de Marte, o pico mais alto do sistema solar, é um vulcão como as ilhas do Havaí. Valles Marineris é um cânion. E as dunas são, ora bolas, dunas.
Mas a correspondência nunca é exata: não temos nada, na Terra, que se compare ao Olimpo maciano ou ao intricado sistema de Cânions descoberto pela sonda Mariner no início da década de 70. Em comparação, as dunas do norte marciano pareciam “menos legais” que as nossas, já que, ao que tudo indicava, estavam congeladas no tempo, imobilizadas pela ausência de um vento forte o bastante para movê-las.
Não mais, mostra trabalho publicado na edição desta semana da revista Science. Um dos agentes da mudança é algo que não temos aqui na Terra: geada de dióxido de carbono. O inverno, o gás – principal constituinte da rarefeita atmosfera marciana – congela-se sobre as areias. Na primavera, evapora-se. De acordo com a pesquisadora Clarice Hansen, esse delicado movimento do gás é suficiente ára desestabilizar as dunas, causando avalanches e depressões. “O nível de erosão em apenas um ano marciano é fantástico”, disse ela, em nota. “Em alguns lugares, centenas de metros cúbicos de areia deslizaram pela face das dunas”.
O vento também provoca mudanças, o que surpreendeu os cientistas: a atmosfera de Marte, com menos de 1% da densidade da terrestre, não deveria ser capa de gerar ventos rápidos o bastante para erguer grãos de areia. Clarise Hansen especula que o clima circunpolar favorece ventos excepcionalmente fortes.
As areias de Marte são um dos meus cenários favoritos para escrever ficção científica (tenho até um conto a respeito que você pode ler de graça, aqui). Faz tempo que estou querendo escrever algo sobre um balão de água voando em Marte – como o CO2 é uma molécula mais pesada que o H2O, o vapor de água deve ser capaz de sustentar um balão em Marte, como ar quente sustenta um na Terra – mas a falta de tempo é um problema. A ideia de uma geada de CO2 pode trazer um twist interessante para o enredo. Quem sabe...
A paisagem marciana é fantástica – como qualquer leitor de Watchmen sabe -- e é especialmente intrigante por suas semelhanças com características e processos que temos também aqui na Terra. O Monte Olimpo de Marte, o pico mais alto do sistema solar, é um vulcão como as ilhas do Havaí. Valles Marineris é um cânion. E as dunas são, ora bolas, dunas.
Mas a correspondência nunca é exata: não temos nada, na Terra, que se compare ao Olimpo maciano ou ao intricado sistema de Cânions descoberto pela sonda Mariner no início da década de 70. Em comparação, as dunas do norte marciano pareciam “menos legais” que as nossas, já que, ao que tudo indicava, estavam congeladas no tempo, imobilizadas pela ausência de um vento forte o bastante para movê-las.
Não mais, mostra trabalho publicado na edição desta semana da revista Science. Um dos agentes da mudança é algo que não temos aqui na Terra: geada de dióxido de carbono. O inverno, o gás – principal constituinte da rarefeita atmosfera marciana – congela-se sobre as areias. Na primavera, evapora-se. De acordo com a pesquisadora Clarice Hansen, esse delicado movimento do gás é suficiente ára desestabilizar as dunas, causando avalanches e depressões. “O nível de erosão em apenas um ano marciano é fantástico”, disse ela, em nota. “Em alguns lugares, centenas de metros cúbicos de areia deslizaram pela face das dunas”.
O vento também provoca mudanças, o que surpreendeu os cientistas: a atmosfera de Marte, com menos de 1% da densidade da terrestre, não deveria ser capa de gerar ventos rápidos o bastante para erguer grãos de areia. Clarise Hansen especula que o clima circunpolar favorece ventos excepcionalmente fortes.
As areias de Marte são um dos meus cenários favoritos para escrever ficção científica (tenho até um conto a respeito que você pode ler de graça, aqui). Faz tempo que estou querendo escrever algo sobre um balão de água voando em Marte – como o CO2 é uma molécula mais pesada que o H2O, o vapor de água deve ser capaz de sustentar um balão em Marte, como ar quente sustenta um na Terra – mas a falta de tempo é um problema. A ideia de uma geada de CO2 pode trazer um twist interessante para o enredo. Quem sabe...
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